Tobias Figueiredo: três jogos, um golo
A favor: o miúdo rápido com cabeça
Aos 21 anos, Tobias estaria longe de imaginar que, depois de uma temporada ao serviço do Reus (II Divisão B Espanhola), entraria para a segunda e decisiva metade do campeonato na pele de titular do Sporting. Vai no terceiro jogo consecutivo ao lado de Paulo Oliveira, tendo-se estreado a marcar na última jornada em Arouca, onde revelou um dos seus principais predicados: o jogo aéreo. Apresenta-se como um central rápido e ágil, muito concentrado e a quem a bola não queima os pés. Não comete faltas em demasia, apresentando uma maturidade acima da média aos 21 anos.
Contra: alvo a pressionar
Apesar de todos os predicados apontados, os dérbis decidem-se em pormenores e a falta de quilometragem a este nível pode ser decisiva, principalmente quando se tem pela frente jogadores com a tarimba de Lima (ou Jonas). Basta ser atraído uma vez por uma movimentação adversária para abrir uma cratera à frente da baliza de Rui Patrício. Apesar apresentar recursos técnicos, pressionado pelos avançados encarnados está mais exposto para cometer algum pecado capital. Num jogo desta exigência terá de morder mais a língua para ganhar os sucessivos duelos a que será convidado a participar.
Lima: 19 jogos, sete golos
A favor: avançado completo
Tudo o que se escreva sobre Lima, depois de sete temporadas em Portugal, é chover no molhado. Destacou-se em Belém, afirmou-se em Braga e consagrou-se como campeão na Luz, formando uma dupla temível Rodrigo na última temporada. Rápido em espaços curtos, tem na sua grande caraterística a mobilidade, oferecendo várias soluções à equipa. Além de tudo o mais, esconde bem a bola e sacrifica-se em prol da equipa, sendo o primeiro a pressionar logo à saída da área adversária. Será uma autêntica carraça para os centrais do Sporting.
Contra: os jejuns
As bancadas querem os avançados façam….golos! E Lima não tem estado particularmente exuberante nesse capítulo. É verdade que já festejou sete golos, mas passou por um período de seca considerável, tendo em conta que veste a camisola do Benfica, equipa que em Portugal está constantemente em cima dos adversários. Chega ao dérbi intensamente ligado à derrota em Paços de Ferreira, onde falhou a cobrança de uma grande penalidade, ainda durante a primeira parte, o que fez com que descesse na hierarquia da cobrança de castigos máximos.
