Por: Mariana Rebelo Silva

Ricardo Soares, treinador do Gil Vicente, em conferência de imprensa, após a vitória diante do Tondela (0-3), em jogo da 16ª jornada da I Liga:

[É um treinador orgulhoso do trabalho da sua equipa?]: «É uma vitória justa do Gil Vicente e [estou] orgulhoso, principalmente, dos meus jogadores. Tínhamos consciência de que íamos defrontar uma equipa com bastante qualidade individual e coletiva. Na primeira parte, tivemos uma posse de bola avassaladora e fizemos correr o Tondela, que se apresentou muito organizado. Na segunda parte, fomos mais agressivos ofensivamente e acabámos por vencer uma excelente equipa, que joga bem, bem orientada e que nos dificultou ao máximo.»

[Como preparou os dois médios, Pedrinho e Vítor Carvalho, para limitar o jogo interior do Tondela?]: «O pivô defensivo também tem muita qualidade e tem um jogo posicional muito forte. Sabíamos que o Tondela tem uma primeira fase forte. Pressionámos alto e com qualidade. Até podíamos ter feito mais golos, mas não acho que fosse correto. O 0-2 seria suficiente pelo que o Tondela é, pelo que fez, pelo compromisso, pelo carácter e pela organização.»

[Mais dez pontos do que na época passada por esta altura. É sinal do crescimento do seu trabalho com a equipa e jogadores?]: «As épocas e os jogadores são diferentes. Gostaria de destacar mais o clube e não o meu trabalho. O futebol é um desporto coletivo. Desde o primeiro dia em que entrei no clube, senti, sempre, um grande conforto, apoio e carinho das pessoas que lideram. Mas o futebol também é muito volátil e temos já um próximo jogo para ganhar. Satisfaz-me ter todas as condições para desenvolver o meu trabalho. O Gil Vicente joga à equipa grande. Não vamos ganhar sempre, há momentos difíceis. Mas o sucesso é repartido por toda a gente. Eu sou uma pequena parte.»

[Concorda com o que se diz que são das melhores equipas a jogar em Portugal?]: «Queremos ser uma das equipas que joga bem em Portugal, não esquecendo que o primeiro objetivo que temos é a manutenção. Com toda a gente a remar para todo o lado, as coisas ficam mais fáceis.»