Ah, as velhas e enganadoras aparências!

Crescemos a ouvir os avisos. ‘Olha que nem tudo o que parece é’. ‘Nem tudo o que brilha é ouro’. ‘As aparências iludem’.

Mas continuam a ser tantas as vezes que nos deixamos enganar.

O que tem isso a ver com futebol? Este triunfo do Sporting por 1-0 sobre o Vitória.

Não acredita? Isso é porque está sugestionado pelas linhas anteriores.

O Sporting das últimas duas jornadas parecia estar a perder fulgor. Sofreu para vencer o Santa Clara. Voltou a suar para ganhar em Tondela.

Pois bem, as notícias da perda de fulgor leonino eram manifestamente exageradas.

Não há Coates? Isso podia ser um problema… Não foi. Inácio fez-lhe as vezes no centro da defesa e ainda decidiu lá na frente, marcando o golo da vitória. Mesmo à imagem do que tem feito o capitão repetidamente esta época.

Bem, mas não há Nuno Santos.

Aposta-se noutro canhoto. Parece tudo igual, mas nada a ver. O estilo de jogo alterou-se, em vez de arrancadas pela ala esquerda houve muito cérebro pelo meio e o jovem médio não tremeu na estreia a titular.

Mas há mais. Há golos celebrados euforicamente… anulados. E ainda há golos anulados, que afinal contam.

Uma loucura dos tempos em que os jogadores no banco, com recurso a um telemóvel, sabem mais depressa que foi golo do que quem está dentro do campo.

Ainda se arranja espaço para um Vitória, aparentemente inofensivo, que acerta duas vezes nos ferros num minuto, ainda na primeira parte.

E até a esperança de que os segundos 45 minutos fossem tão animados como os primeiros. Pura ilusão.

Por falar em ilusão, nota para a estreia de Dário Essugo na equipa principal do Sporting. Uma estreia diretamente para o topo dos mais jovens de sempre a jogar pela equipa principal dos leões.

Que o projeto de jogador que Amorim parece ver nele não seja um engano é o que todos os sportinguistas desejam.

E a candidatura do Sporting ao título? Essa parece que ainda está longe de acontecer.

Mas este leão não engana.