O treinador Vítor Oliveira projetou esta quinta-feira um Gil Vicente «tranquilo e desinibido» na visita a Guimarães, na sexta-feira, para o encontro com o Vitória, relativo à 31.ª jornada da Liga, jogo que pode selar definitivamente a permanência dos galos no primeiro escalão.

«Vamos encarar este jogo com algum otimismo, perante uma das boas equipas deste campeonato e num campo tradicionalmente difícil. Teremos um Gil Vicente mais consciente das suas capacidades e em crescendo, a querer dar uma boa resposta para trazer um resultado positivo», frisou o experiente técnico, em conferência de imprensa.

Depois do triunfo caseiro sobre o Rio Ave (1-0), no domingo, os gilistas recuperaram os nove pontos de distância para a zona de descida e deram um passo importante na luta pela manutenção que pode ficar consumada já nesta ronda, caso pontuem frente ao rival minhoto e o penúltimo Portimonense perca esta quinta-feira na deslocação a Vila do Conde.

«Sabemos das dificuldades que vamos encontrar. O Vitória de Guimarães estava numa boa forma e também foi afetado pela pandemia, após ter apresentado uma qualidade muito grande na primeira volta. Se não nos acautelarmos, podemos ser atropelados e, apesar de termos algum conforto, matematicamente nada está resolvido», alertou.

O último duelo confirmou a subida do «espírito e sentido coletivo» do Gil Vicente e ficou marcado pelo debate sobre uma «excessiva perda de tempo» dos barcelenses, que os vila-condenses apelidaram de «velhinha tática do relógio» e Vítor Oliveira rebateu com «questões de circunstância» motivadas pela qualidade alheia e a inferioridade numérica.

«Nunca fomos uma equipa de pôr o autocarro à frente da baliza. Não gostávamos efetivamente disso, nem jogamos assim em lado nenhum. Era importante que alguns comentadores comparassem o tempo útil dos jogos em Portugal com os 54 minutos que o Rio Ave diz que houve de jogo. Provavelmente, não diriam tantos disparates», atirou.

Ao castigo do defesa Rúben Fernandes junta-se a ausência do avançado brasileiro Sandro Lima, o melhor marcador dos galos, com 10 golos em 30 rondas, também por razões disciplinares, embora Vítor Oliveira acredite numa «resposta capaz» de Hugo Vieira e entenda que Rúben Ribeiro «está em vantagem» sobre Kraev na corrida ao onze.

«Temos alternativas e não será por aí que iremos entrar menos fortes em Guimarães. O Kraev foi fantástico durante toda a época, mas não apareceu num grande momento depois da pandemia. Os dois podem jogar em simultâneo, mas precisamos de extremos para dar alguma profundidade ofensiva e tivemos de optar entre um e outro», explicou ainda.