Rúben Amorim mudou quase tudo, mas o Sp. Braga bateu o Vitória de Setúbal por 3-1 e recuperou o terceiro lugar que esteve perdido apenas por algumas horas. Os minhotos revelaram algumas dificuldades na primeira parte, perderam Sequeira por lesão, mas libertaram-se de todas as ansiedades depois de um grande golo de Ricardo Horta e agarraram os três pontos com as duas mãos. Ghilas ainda reduziu, já perto do fim, mas Trincão fechou o jogo com um golo caricato.

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Rúben Amorim procurou gerir o grupo entre os dois jogos com o Glasgow Rangers e mudou quase tudo. No onze inicial sobraram apenas Matheus, Bruno Viana e Sequeira. Oito alterações e ainda mais uma forçada, uma vez que Sequeira lesionou-se pouco depois dos vinte minutos de jogo, ainda tentou voltar, mas teve mesmo e ceder o lugar. Entrou Pedro Amador, jovem que tem jogado na equipa B e que se estreou esta noite na I Liga.

Os minhotos, apesar da revolução, entraram muito bem no jogo, circulando bem a bola e chegando com facilidade à área sadina, com Galeno e Ricardo Horta muito ativos na frente. Num cruzamento de Diogo Viana e num toque de classe de Galeno, Ricardo Horta esteve muito perto de marcar, com um remate forte que passou ao lado.

O Vitória entrou recuado, mas a verdade é que, depois de suster os primeiros choques com os minhotos, foi ganhando confiança e ensaiando as primeiras transições. Numa delas, Nuno Pinto cruzou largo da esquerda, David Carmo não chegou de cabeça e Ghilas rematou para defesa apertada de Matheus. O jogo, nesta altura, estava animado, com o Braga com mais bola, mas agora com um Vitória preparado para responder.

Numa dessas respostas, Sílvio lançou Ghilas para o meio-campo contrário, o argelino correu meio campo e bateu Matheus, mas o golo acabou por ser anulado, uma vez que, no momento do passe do lateral, o avançado estava vinte centímetros adiantado. O intervalo chegou a correr, depois de uma primeira parte em que o Braga esteve por cima mas que, a espaços, mostrava alguma falta de ligação entre setores, o que também era previsível, face a tantas alterações.

Ricardo manda ansiedade para a Horta

O Vitória procurou entrar na segunda parte mais subido, procurando pressionar mais à frente, mas acabou por pagar caro por isso. Ao dar mais espaço ao Braga, o Vitória expôs-se como não se tinha exposto na primeira parte e acabou por consentir o golo, aos 63 minutos. Transição rápida do Braga, com Trincão a lançar Galeno pela direita e o brasileiro a cruzar ligeiramente atrasado para um grande pontapé de Ricardo Horta.

Um golo que tirou um peso de cima do Braga. Pelo menos foi isso que se sentiu em campo, uma vez que os minhotos passaram a jogar mais soltos, com menos erros, face à natural reação dos sadinos. Logo a seguir ao golo, Rui Fonte esteve muito perto do segundo, com um desvio a mais um cruzamento de Galeno da direita. Velázquez ainda procurou dar um segundo fôlego à sua equipa com as entradas de Éder Bessa e Antonucci, reforço que chegou por empréstimo da Roma, mas foi o Braga que voltou a marcar, agora num lance de bola parada. Canto de Novais da direita e entrada impetuosa de Bruno Wilson que marcou de cabeça.

A quinze minutos do final, parecia estar tudo resolvido em Braga, mas o Vitória nunca baixou os braços e ainda reduziu, a um minuto do final, na sequência de um grande passe de Éder Bessa que permitiu a Ghilas, agora sim, marcar. Desta vez valeu mesmo. O Vitória arriscou tudo nos instantes finais à procura do empate e no último canto do jogo, Velázquez mandou Makaridze subir à área contrária. O tiro saiu pela culatra, uma vez que o Braga ganhou a bola e Ricardo Horta lançou Trincão para o terceiro golo. O reforço do Barcelona percorreu o campo todo sozinho e atirou para as redes vazias. Estava fechado o jogo.