Rúben de la Barrera, treinador do Vizela, em declarações na sala de imprensa do Estádio do Dragão, depois da derrota com o FC Porto, por 4-1, na 26.ª jornada da Liga:

«[O jogo fica marcado pela expulsão de Lacava?] Totalmente. Pretendemos manter a nossa essência e criar dificuldade ao FC Porto. Adiantámo-nos no resultado e noutros lances tivemos vantagem, mas o FC Porto tem qualidade, pernas e energia para recuperar dessa desvantagem. Criam dificuldades a uma equipa como a nossa, mas a sensação é que gostaria de completar o jogo 11 para 11. Estava convencido de que, independentemente de que o FC Porto ganharia o jogo, poderíamos criar alguma dúvida.»

«[Já tinha perdido por 6-1 na Luz, não foi demasiado audaz e romântico no Dragão?] Conheço bem a minha equipa. Podíamos usar este jogo para crescer e respeitar as características dos jogadores, para perceberem que temos de continuar a fazer as coisas assim. Não temos tanta energia e tantas pernas para ter competitividade em blocos baixos e aproveitar situações de contra-ataque, temos de ser completos em todos os momentos do jogo, mas após o 1-0 tivemos de defender num bloco baixo e na segunda parte jogámos sempre com 10. Não sou romântico, o que quero é ganhar, mas isso hoje não teve nada a ver.»

«[Na primeira parte, Petrov e Essende podiam ter surgido mais vezes a ferir o bloco alto do FC Porto?] Em alguns lances aconteceu isso, o que permitiu que estivéssemos instalados em campo contrário. Sei que tipo de jogadores tenho e contra que jogadores jogo. Fizeram muitas coisas bem, noutras faltou pausa, que colocassem bola no pé e não no espaço, para não ficarem expostos no momento da perda, mas a intenção era provocar que o FC Porto pressionasse alto para ter situações de dois para dois ou quatro contra quatro em campo aberto. Não somos capazes de obrigar o FC Porto a defender em campo baixo, isso seria algo surrealista da minha parte.»