É o preço a pagar pelo sucesso, mas Abel Ferreira já está cansado. O Palmeiras tem recebido milhões de euros com vendas de jovens promessas e há acordo para a venda de Estêvão para o Chelsea, isto depois das saídas de Endrick e Luis Guilherme.

Apesar de reconhecer que era impossível segurar os jogadores, o treinador português lamenta que a equipa tenha sofrido várias alterações.

«Sabem qual é a diferença do real para o euro ou o dólar? É difícil. Pedimos à Leila [Pereira, presidente] para não vender o Endrick, o Estêvão e o Luis Guilherme. Mas é impossível. Estamos a falar de valores muito altos. E a minha função é arranjar soluções. Eu acho que quem realmente pode beneficiar disso a médio e longo prazo é a seleção brasileira, se tiverem o cuidado de seguir estes jogadores», disse Abel, em conferência de imprensa, depois da vitória por 3-1 sobre o Juventude, no domingo.

O técnico português foi mais além e, em jeito de brincadeira, disse que já estava a pensar em voltar a calçar as chuteiras.

«Clubes da Europa querem vir ao Palmeiras buscar jogadores. Já disse aqui publicamente que foram vários os jogadores procurados. Se formos atender a todas as ofertas que nos chegam, vou começar a jogar eu e os meus adjuntos», atirou.

«Na baliza, vai o Rogério. Eu vou para avançado, porque estou bem, e vou meter o Andrey na direita, o Castanheira joga na esquerda que é canhoto, na defesa meto o Martins e o João que são altos. Na frente arranjo outros. Eu entendo os jogadores, entendo os agentes dos jogadores, mas já chega. Para este ano já chega», concluiu.