Abel Ferreira fez um ponto de situação acerca dos possíveis reforços do Palmeiras para a nova temporada. O técnico português abordou em particular a hipótese de recrutar Santos Borré que joga no River Plate e fez uma analogia curiosa. 

«Não vou esperar muito. Quando pedi a minha esposa em casamento, ela não demorou dois meses a responder. Portanto, há decisões que temos de tomar», disse, citado pelo UOL Esporte.

Por sua vez, o treinador do Verdão negou veementemente a contratação de André Horta, jogador do Sp. Braga que tem sido associado ao clube.

«Não precisamos do André Horta, já temos muitos médios: Patrick, Danilo, Felipe Melo, Gabriel Menino, Zé Rafael e Veiga. Essa notícia interessa a alguém, mas não é ao Palmeiras», sublinhou.

Sem fugir de nenhuma questão, Abel defendeu Ramires, ex-Benfica e Chelsea que deixou o campeão da América do Sul depois de receber inúmeras críticas feitas pelos adeptos. 

«As redes sociais exercem uma pressão muito forte na nossa profissão. Se não perceber como funcionam... Quem está do lado de lá, tem o direito de criticar e de apoiar, mas eu tenho direito de só me deixar afetar pelo que quero. Muitas vezes, os jogadores não têm essa capacidade. Eles nascem com um telemóvel debaixo do braço. Começam a ler os comentários e se dão atenção a isso, são destruídos caso não seja bons mentalmente. O Cristiano Ronaldo é criticado e elogiado. Quando o criticam, marca três golos. O Ramires foi uma experiência nova, jogou no Benfica, no Chelsea e na seleção brasileira, mas os adeptos do Palmeiras foram muito críticos para com ele. Só um homem como ele [para decidir sair] porque seria fácil para ele ficar ali até ao final do contrato, arranjar uma lesão no tornozelo... O grupo gostava dele. Tentei fazer tudo para que ele não saísse, saiu e saiu como homem. Para mim, saiu e eu aceitei a vontade dele. No último jogo o Ramires disse que não queria sair, mas que não dava mais. Abdicou de muito dinheiro. Podem chamar-lhe o que quiserem, mas não digam que fez mal ao Palmeiras», sustentou. 

Por último, o treinador de 42 anos explicou que a contratação do médio brasileiro Danilo (ex-Sp. Braga) é uma necessidade para colmatar a saída de Emerson.

«O Emerson disse que queria ir embora. Falámos com o clube e agora temos de colmatar a sua saída. Não é um reforço, mas uma reposição. Temos de reforçar a equipa dentro das nossas capacidades para ter um clube estável e os jogadores sabem», concluiu.