O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais, Joaquim Evangelista, saiu esta quarta-feira em defesa de Bernardo Silva, internacional português que foi acusado pela federação inglesa de racismo devido a uma brincadeira com o colega de equipa Mendy.

«Quando nós condenamos o Bernardo Silva por um ato desta natureza, qual é a medida da pena para todas as outras sanções que têm a ver com o fenómeno em concreto?», questionou Evangelista, em declarações à Lusa.

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«Começa a haver uma desproporcionalidade entre os factos, os comentários, as sanções e aquilo que se diz na opinião pública. De repente há uma higienização comportamental. Temos de ter bom senso e perceber o contexto em que as coisas acontecem», prosseguiu.

Joaquim Evangelista recordou os casos de Bruno Fernandes, que viu uma conversa privada partilhada, e de Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá que foi fotografado mascarado de negro, para afirmar que há falta de bom-senso.

«É ridículo. Não há bom-senso. Há movimentos que, de facto, ultrapassam a razoabilidade e seja ao nível de outras más práticas, como racismo, homofobia ou xenofobia, quando vamos para além do razoável exigir, deixa de fazer sentido colocarmo-nos nessa posição de defesa.»