O antigo treinador de guarda-redes e adjunto de José Mourinho, Silvino, que com ele trabalhou durante 17 épocas, afirmou ter ficado com alguma mágoa por não ter acompanhado o compatriota na equipa técnica do Tottenham, entretanto já dissolvida.

Após quase duas décadas de trabalho, entre FC Porto, Chelsea, Inter de Milão, Real Madrid e Manchester United, Silvino explicou que Mourinho «pretendia dar oportunidade a pessoas mais jovens», ainda que isso «nada tinha a ver» com o trabalho de Silvino.

«Nós não tínhamos um papel assinado que o obrigasse a ter-me sempre a seu lado. Foi uma decisão dele, que eu aceito e, mais do que isso, respeito. Estivemos parados desde o fim do contrato com o Manchester United e um dia ele telefonou-me dizendo que tinha aceitado a proposta do Tottenham, concebera uma nova equipa técnica e eu não fazia parte dela», afirmou o técnico português, em entrevista a Record.

«Naquele momento, logicamente, fiquei um bocadinho magoado. Mas… já passou. Respeitei a decisão e procurei entendê-la. Conhecemo-nos há quase 40 anos e somos amigos, o que, de resto, está espelhado nos contactos que mantemos desde que ele voltou ao trabalho», prosseguiu.

Nesta altura, Silvino está a viver em Madrid, capital espanhola que, tal como todo o país, está assolada pela pandemia da covid-19. Por isso, os naturais cuidados também existem.

«Estou apreensivo com esta pandemia terrível. Não tenho ligação a clubes e estou em casa, a cumprir escrupulosamente as orientações dadas à população pelo Estado espanhol. Saio de três em três dias para ir comprar pão. Continuo a atualizar-me, acompanho as tendências, melhoro a minha bagagem e aperfeiçoo os conhecimentos. Pesquiso, mas faço mais: todos os dias tenho preparado um treino específico. É como se estivesse a treinar uma equipa», contou.