A história já é conhecida. Diego Armando Maradona, o maior astro argentino de todos os tempos, aparece num anúncio vestido com a camisola canarinha, a cantar o hino nacional brasileiro ao lado de jogadores como Kaká e Ronaldo, antes do início de um jogo do escrete.
A imagem é depois interrompida e então o cenário muda. Maradona acorda na sua cama, em casa, vestido com a camisola da Argentina e a reclamar que tinha tido um pesadelo porque andava a beber muito Guaraná.
Ora o facto de ter vestido a camisola brasileira causou controvérsia na Argentina natal. Muitos críticos recordaram que o escrete é um eterno rival dos celestes e que era de mau gosto fazer aquilo em vésperas de um Mundial.
Maradona acha que os críticos deviam calar-se. «Já tinha colocado a camisola do Brasil em 1979, já tinha usado a camisola de Careca no Mundial de Itália em 1990 e não me arrependo de nenhuma delas», disse.
O astro argentino não vê, por isso, nenhum mal em vestir a camisola oficial brasileira. Acha que não é por isso que está a beliscar a rivalidade que os argentinos alimentam sobre o rival sul-americano.
Mau, mau, era vestir a camisola do River Plate. Isso, sim, Maradona seria incapaz de fazer. «Não, não», respondeu logo. «Não me façam rir». Maradona, recorde-se, é adepto do Boca Juniors, o eterno rival do River Plate. «Tenho camisolas do River de muitos amigos que jogaram lá, muitas, mas não as vestiria nunca».