Os países importadores vão continuar a precisar de petróleo para desenvolver as suas economias, uma vez que as energias alternativas não vão ter um impacto forte até 2030, segundo defendeu o ministro dos petróleos de Angola, Botelho de Vasconcelos, no semanário angolano «O País».

«O desenvolvimento tecnológico e as várias soluções que têm vindo a ser encontradas, não terão porventura o impacto esperado no que respeita à diminuição da utilização do petróleo até 2030», afirma Botelho de Vasconcelos.

Em relação á entrada de outros países na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o governante diz que «a adesão de países com um nível de produção significativo seria uma forma de reforçar o peso das decisões assumidas na OPEP», sustenta.

Inversão dos preços do crude esperada para Março



Questionado sobre a possibilidade de uma subida do preço do petróleo, o governante angolano afirma «aguardar que haja uma inversão a partir de Março».

No entanto, admite que os preços possam atingir os 75 dólares até final do ano, embora diga que se trata de uma matéria-prima que «depende de muitas incertezas».

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Conforme afirma o responsável, «sentimos que entre o início deste ano e o dia de hoje se constata uma tendência volátil. Um dia os preços baixos, no outro regista-se uma ligeira recuperação, mas o diferencial mantém-se muito estreito, pelo que vamos aguardar até Março».

«Mas se ocorrer uma queda, uma queda brusca, aí os membros da OPEP terão que reunir efectivamente», conclui Botelho de Vasconcelos.