A resposta perante as incertezas de mercado passa também pela diversificação. Segundo o responsável pela Estratégia de Investimento na Fidelity, Michael Gordon, «os investidores deverão considerar as formas de diversificação tradicionais-por classe de activos e regiões geográficas-mas terão também de pensar lateralmente».
Por esta razão, a Ásia é a região que melhor parece apresentar-se ao mercado sem alavancagem. Por um lado, Hong Kong e China surgem como «opção» de moeda grátis para os investidores, por outro a Europa oferece «excelentes» perspectivas para os investidores.
«A Zona Euro apresenta fundamentos económicos positivos que sustentam as perspectivas promissoras de médio prazo para a região. A recente volatilidade do mercado criou novas oportunidades e diferenças de lucros, oferecendo aos stock pickers possibilidades de investimento favoráveis», avança o mesmo responsável em comunicado.
Acções irão apresentar retornos positivos
Já do outro lado do Atlântico, adivinham-se tempos difíceis em 2008. Segundo a análise da Fidelity, vai levar tempo até que os «excessos estruturais» dos mercados de crédito sejam ultrapassados. O dólar está fraco «e é difícil prever o que é que vai inverter essa tendência», reconhece a mesma instituição.
No entanto, os investidores que desejem percorrer os mercados de crédito podem vir a encontrar oportunidades interessantes na segunda metade do ano: «Em termos globais, as condições monetárias deverão manter-se favoráveis. As taxas de juro continuam a níveis baixos de acordo com os padrões históricos, e é mais provável que os bancos centrais diminuam o preço do dinheiro do que o aumentem, particularmente se o crescimento económico for afectado», lê-se na previsão da Fidelity.
A instituição conclui ainda que, em 2008, as acções irão proporcionar retornos positivos, desde que os investidores saibam escolher os títulos e sejam menos influenciados pela composição dos índices de referência.
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