Neymar Júnior e Lionel Messi são amigos desde os tempos em que partilharam o balneário no Barcelona, e no Paris Saint-Germain voltaram a ser colegas de equipa.

Ora, em entrevista ao Globoesporte, realizada ainda antes da saída do internacional brasileiro para o Al Hilal, de Jorge Jesus, Neymar assumiu que ficou contente por Messi ter ganho o Mundial e recordou a etapa dos dois em Paris.

«Fiquei muito feliz pelo ano que ele teve, mas ao mesmo tempo muito triste, porque ele viveu os dois lados da moeda. Foi ao céu com a seleção argentina, ganhou tudo nos últimos anos, e com o PSG viveu um inferno, nós vivemos um inferno, tanto ele quanto eu», assumiu.

«Ficamos chateados, porque não estávamos ali à toa, estávamos ali para dar o nosso melhor, sermos campeões, tentar fazer história. Por isso é que voltámos a jogar juntos, unimo-nos para fazer história. Infelizmente, não conseguimos», continuou.

Neymar reforçou que Messi não merecia ter sido tratado como foi no PSG: «Pelo futebol, não merecia isso. Por tudo o que ele é, por tudo o que ele faz… quem o conhece sabe que é uma pessoa que treina, luta, fica chateado se perde, e foi cobrado de uma maneira injusta, na minha opinião. Mas ao mesmo tempo fiquei muito contente por ele ter ganho o Mundial. O futebol foi justo desta vez. Já que a seleção brasileira saiu, o Messi merecia terminar a sua carreira assim.»

Na mesma entrevista, o jogador do Al Hilal defendeu ainda que muitas vezes as pessoas o julgam de uma maneira errada.

«Às vezes as pessoas julgam-me de uma maneira diferente, mas se pararem para pensar, todos os meus colegas de equipa sempre falaram bem da minha pessoa, tirando o jogador, da pessoa que sou. Isso é o que me importa, é o legado que quero deixar.»

«Obviamente, Deus deu-me o dom do futebol, obviamente o meu nome, graças a Deus, está marcado na história da seleção brasileira e na história do futebol. Mas o impacto que quero ter é na vida de cada um que me conhece», disse ainda, ele que prometeu também voltar ao Santos, clube onde se formou.