Foi «Berlusconi Show». Assim se resume o primeiro dia de trabalho do Milan, com vista à próxima época. O dono do emblema «rossonero» chegou de helicóptero, escapando às críticas dos mil adeptos que se encontravam no exterior do centro de estágio, mas ainda assim assumiu todo o protagonismo.

Estava marcada uma conferência de imprensa com o novo técnico, Massimiliano Alegri, e com os três reforços já garantidos (Yepes, Amelia e Papastathopoulos), mas Berlusconi entrou na sala e mais ninguém falou. Tal como já tinha feito com Carlo Ancelotti e com Leonardo, não hesitou em dar a táctica. Berlusconi começou por dizer que o técnico tinha «rosto de actor» e «perfil para guiar o Milan», mas depois deixou um recado antigo: «Deve ser ofensivo e espectacular. Queremos atacar, e não queremos ver só um jogador na frente. Contratámos Allegri por ser um mestre, mas é bom não esquecer que eu sou um professor.»

Confrontado com o pedido dos adeptos para que Ronaldinho Gaúcho fique no plantel, Berlusconi garantiu que o brasileiro fica até ao final da carreira. «É o maior de todos os tempos», disse o dirigente, que falou também da hipótese de contratar Zlatan Ibrahimovic: «Estivemos perto dele, mas não sei até que ponto encaixaria bem no grupo.»