Os Estados Unidos, apoiados pelo Japão e China, defendem um estímulo económico coordenado internacionalmente, enquanto - ao contrário das três maiores economias do mundo - a maioria dos países europeus insiste no reforço da regulação dos mercados e instituições financeiras.
Larry Summers, conselheiro financeiro de Barack Obama, disse recentemente que os países com maior liderança mundial devem recuperar as economias injectando-lhe mais capital, uma solução que a Europa rejeita, por considerar que isso iria agravar mais o já existente défice público.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, acordaram na quinta-feira unir esforços na reunião de 02 Abril do G20 - os 20 países mais ricos do mundo - para aumentar a regulação e não os gastos públicos.
Obama acredita em caminho comum
No mesmo dia, o presidente norte-americano apelou aos países para que adoptem medidas de estímulo à economia coordenadas a nível internacional e defendeu a craiação de políticas de regulação e supervisão coordenadas.
Obama disse ainda acreditar que, apesar das divergências, é possível encontrar um caminho comum na próxima cimeira do G20.
Taro Aso, primeiro-ministro do Japão, anunciou uma nova linha de apoio à economia japonesa no valor de 200 mil milhões de dólares (155 mil milhões de euros), enquanto o seu homólogo chinês, Wen Jiabao, garantiu que a China pode, «a qualquer momento, introduzir novas políticas de recuperação».
O ministro das japonês Finanças, Kaoru Yosano, disse ao jornal Financial Times que a prioridade do G20 deve ser a recuperação da economia mundial e não a regulação.
«Concordamos que é preciso uma melhor regulação, mas pessoalmente pergunto-me se essa é a medida de que precisamos em tempos de crise».
Os 20 países mais ricos do mundo representam mais de 80 por cento da economia global e vão reunir-se formalmente a 02 de Abril, em Londres.
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