Os remadores Pedro Fraga e Afonso Costa assumiram neste domingo que estão «tristes e frustrados» por falharem as meias-finais dos Jogos Olímpicos. A dupla portuguesa terminou a prova no quarto lugar e sente que merecia estar entre os 12 melhores em Tóquio2020 em double-scull ligeiro.

«Estamos tristes e frustrados. Sentimo-nos um bocado em choque, pois ainda parece que não é realidade. Estávamos preparados e demos o máximo. É difícil aceitar que não entrámos no lote dos 12 primeiros, mas o desporto é mesmo assim. São as regras», lamentou o remador Pedro Fraga.

Na repescagem, a dupla portuguesa manteve-se quase sempre em terceiro, mas nos metros finais perdeu a posição para o Uruguai, por escassos oito centésimos de segundo.

«Em meio segundo ficaram quatro equipas. Quando entrámos nas boias finais estávamos todos lado a lado. Infelizmente, o pão com marmelada cai sempre com esta virada para o chão. Caiu para o nosso lado», disse o atleta de 38 anos.

Afonso Costa assumiu que está em «choque», assumindo que parece «um pesadelo» e que ainda não percebeu como acordar para a realidade. O remador, que se estreia nos Jogos Olímpicos, garante que a dupla cumpriu o plano de prova com o qual esperavam vencer a primeira das duas repescagens.

«Não havia um favorito e a prova é que quatro barcos chegaram no mesmo meio segundo. Calhou-nos a batata quente, a pista quatro, com vento lateral que nos fez sofrer um pouco, tal como o vento contra que nos prejudicou mais. Mas o remo é assim. Já tínhamos calhado na série mais difícil, mas não nos lamentámos, pois íamos para ganhar. Infelizmente, ficámos fora», disse o atleta.

A dupla aponta à vitória na final C para provar que merecia ter avançado na competição e para «agradecer a todos os que têm sido um apoio, sobretudo nos maus momentos e não necessariamente nos bons».

Fraga e Costa concluíram os dois quilómetros de regata no Sea Forest Waterway em 6.36,95 minutos, a 67 centésimos da dupla da Ucrânia, que venceu a regata, deixando o Canadá a 51 centésimos e o Uruguai a 59.