O ciclista dinamarquês Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma) venceu, esta sexta-feira, a 13.ª etapa da Vuelta, marcada pela muita montanha, na ligação de 135 quilómetros entre Formigal-Huesca La Magia e o Tourmalet, nos Pirenéus franceses.

Vingegaard atacou nos quilómetros finais da subida, isolou-se e cortou a meta em 03h51m10s, com o pódio da etapa a ficar completo com outros dois ciclistas da Jumbo-Visma. Também na reta final da etapa, o norte-americano Sepp Kuss, líder da geral, deu uma grande prova de força na defesa da camisola vermelha ao fugir ao resto da concorrência para evitar maiores perdas para Vingegaard e concluiu a 30 segundos do nórdico, algo que lhe permitiu manter mais de 01m30s de vantagem na geral. O terceiro na etapa foi Primoz Roglic, a 33 segundos.

Quanto ao português João Almeida (UAE Team Emirates), o melhor posicionado para ambicionar pelo menos o top-10 da classificação geral, teve um dia menos bom, numa altura em que tem tido sintomas de gripe. O português, sexto na geral à partida para o dia, perdeu o contacto com o grupo principal ainda cedo na etapa, a cerca de 90 quilómetros da meta, não conseguiu a colagem, andou muito tempo sozinho, mas ainda assim conseguiu acabar o dia no 15.º lugar da etapa, a seis minutos e 47 segundos de Vingegaard, algo que lhe permite conservar um lugar no top-10: é precisamente 10.º na geral, agora a oito minutos e 39 segundos de Kuss.

No final da etapa, João Almeida admitiu que foi, provavelmente, o «pior dia em cima duma bicicleta».

Assim foi o último quilómetro:

O principal derrotado do dia foi mesmo o belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step). O campeão de 2022 também perdeu o contacto mais ou menos ao mesmo tempo do que João Almeida, não conseguiu recuperar, mas teve muito mais perdas: passou na meta como 60.º classificado, a 27 minutos e cinco segundos de Vingegaard, comprometendo em absoluto as aspirações para a Vuelta em 2023. Remco desceu a 19.º na geral, mas está já a 27 minutos e 50 segundos de Kuss. Houve, de resto, uma grande diferença de Almeida para Evenepoel. É que o belga - embora, sublinhe-se, não se saiba ainda se estava com algum problema físico ou de saúde, ou se foi mesmo um dia menos bom - teve os colegas de equipa com ele ao longo da etapa, depois de ter perdido terreno.

Quanto aos outros portugueses, Nelson Oliveira (Movistar) foi 45.º na etapa (+26m25s), Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty) foi 65.º (+27m16s), André Carvalho (Cofidis) foi 112.º (+32m34s) e Rui Oliveira, colega de equipa de João Almeida na UAE, foi 147.º (+34m21s).

No sábado há nova etapa de montanha, de 156,5 quilómetros, entre Sauveterre-de-Béarn e Larra-Belagua.

CLASSIFICAÇÃO GERAL (APÓS 13.ª ETAPA):
1.º: Sepp Kuss (Jumbo-Visma), +46h42m54s
2.º: Primoz Roglic (Jumbo-Visma), +01m37s
3.º: Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma), +01m44s
4.º: Juan Ayuso (UAE Team Emirates), +02m37s
5.º: Enric Mas (Movistar), +03m06s
6.º: Marc Soler (UAE Team Emirates), +03m10s
7.º: Mikel Landa (Bahrain Victorious), +04m12s
8.º: Aleksandr Vlasov (Bora-Hansgrohe), +05m02s
9.º: Cian Uijtdebroeks (Bora-Hansgrohe), +05m30s
10.º: João Almeida (UAE Team Emirates), +08m39s
(…)
45.º: Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty), +01h09m01s
49.º: Nelson Oliveira (Movistar), +01h12m34s
143.º: André Carvalho (Cofidis), +02h23m07s
156.º: Rui Oliveira (UAE Team Emirates), +02h31m06s