A Agência Mundial Antidopagem (AMA) anunciou uma amnistia para os atletas que acusaram menos de um micrograma do fármaco cardiovascular Meldonium, proibido a partir de 1 de janeiro de 2016. A decisão de levantar as sanções em alguns casos tem a ver com a «incerteza sobre quanto tempo a substância fica no organismo».

Farmacêutica diz que meldonium pode ser detectado meses depois de tomado

O consumo do medicamento levou à suspensão de 150 atletas, entre eles, Maria Sharapova, que não se sabe ainda se será atingida por esta medida. A tenista de 28 anos foi controlada a 26 de janeiro, mas não foi divulgada a concentração do medicamento detetada.

«Os casos em que a prova de dopagem contenha menos de uma micrograma de Meldonium, e que tenha sido testados antes de 01 de março, serão equiparados aos ocorridos com esse fármaco antes de 01 de janeiro», informou a AMA em comunicado. Nesses casos, esclarece, «admite-se que o atleta não consumiu o fármaco de maneira consciente depois da sua proibição», já que pode ter tomado antes e não saber que este continuaria presente no organismo.

No inverso, a investigação a um atleta prosseguirá se este reconhecer a sua ação, se existirem evidências de que consumiu Meldonium depois de 01 de marlo ou se «a concentração da substância chegar aos 15 microgramas por mililitro de sangue, o que confirma um consumo recente».

O mesmo acontecerá se «a concentração se encontrar entre um e 15 microgramas por mililitro e o teste ter sido efetuado a partir de 01 de março», acrescenta a nota.

Assim, os atletas que acusaram testes positivos são considerados inocentes, serão amnistiados e poderão competir nos Jogos Olímpicos Rio2016, notícia que foi saudada pelo Ministério do Desporto da Rússia, onde 40 atletas se encontravam suspensos, entre eles a tenista Maria Sharapova.