Um golo de penálti para cada lado obrigou à divisão de pontos, justa, no dérbi minhoto que encerrou a 13.ª jornada e agravou a crise de resultados do Gil Vicente, que já não ganha há seis jogos. Já o Moreirense fez o suficiente para sair de Barcelos com o empate, mas esperava-se mais. 

Os galos marcaram cedo, por Pedro Tiba, na conversão de uma grande penalidade, e depois foram gerindo a partida, aproveitando, também, o desacerto forasteiro. Com mais bola, os cónegos acabaram por chegar à igualdade já no segundo tempo, também de grande penalidade, por André Luís. Há 11 anos que os gilistas não vencem a formação de Moreira de Cónegos.

Revolução gilista

Vítor Campelos provocou uma autêntica revolução na equipa, mudando quase meia equipa que havia alinhado em alvalade. Foram cinco as alterações. Na defesa, saíram Né Lopes e Kiko Vilas Boas, dando lugar a Gabriel Pereira, de regresso após lesão, e Leonardo Buta. No meio, Martim Neto entrou para a posição de Maxime Dominguez; e, no ataque, Tidjany Touré e Alipour, volta a competir nove meses depois, rederam Murilo e Miguel Monteiro. Já Rui Borges foi fiel aos seus princípios e só fez uma previsível alteração: Ofori regressou para o lugar de Rúben Ismael.

Os galos entraram praticamente a marcar. O relógio ainda marcava três minutos quando Tidjany Touré caía na área e pedia grande penalidade. Hélder Malheiro mandou seguir, mas alertado pelo VAR, e depois de ir ver as imagens, assinalou penálti. Pedro Tiba, chamado à conversão, não perdoou. Os cónegos não tremeram e foram de imediato para cima do adversário, acercando-se com facilidade da área, porém sem criar perigo.

O Moreirense conseguia condicionar quase por completo a saída de bola dos gilistas, que iam errando muitos passes e perdendo muitas bolas comprometedores. Porém, apesar disso, a formação de Moreira de Cónegos não dava o melhor seguimento às recuperações e acabava por perder jogadas prometedoras. A melhor oportunidade cónega surgiu dos pés de Alan, que rematou em arco a rasar o poste.

Novo penálti deu empate

A segunda metade começou como terminou a primeira. O Moreirense com mais bola, mais tempo no meio-campo gilista, mas sem criar verdadeiras ocasiões de perigo. Os barcelenses continuavam no mesmo registo também, com dificuldades na construção e a errar muitos passes. Rui Borges quis dar mais fulgor no lado esquerdo e lançou Frimpong e João Camacho para a ala esquerda. Vítor Campelos não quis ficar atrás e colocou em campo Dominguez, Murilo e Baturina de uma assentada.

A matriz do desafio pouco mudou. Os cónegos mandavam, porém, o galo já conseguia esticar mais o jogo e chegar à área contrária. Num lance aparentemente inofensivo, o Moreirense iria chegar à igualdade. Buta carregou em falta Maracás na área e o árbitro assinalou de pronto grande penalidade. André Luís, chamado à conversão, atirou a contar.

Até ao final, houve mais Gil Vicente que esteve escondido do jogo enquanto esteve em vantagem. Contudo, tal como sucedeu com os cónegos, apesar de algumas aproximações, os galos não criaram perigo e a divisão de pontos foi uma realidade.