Morientes volta ao Real Madrid, mas avisa que não quer ficar com o estatuto de suplente. Em entrevista à revista DT, o avançado considera-se um dos maiores prejudicados pela política de contratações do clube madridistas: «Alguém inventou que a chamada classe média não interessa e há que respeitar essa política, mas sempre me ensinaram que se aprende com os erros. Agora convém ao Real Madrid seguir outra linha. Com essa política a equipa ficou destroçada, porque são jogadores que estão acostumados a ganhar. Se finalmente fico no Real Madrid é porque sei que não sou um jogador de banco. Ronaldo não é um jogador qualquer e será difícil entrar no onze, mas não quero voltar a estar na sombra dos melhores. Se tivesse que sair do Real Madrid, provavelmente pensaria em transferir-me em definitivo.»
O avançado atravessa um momento de grande confiança e isso reflecte-se no seu discurso: «Depois de este ano, o nome de Morientes volta a estar no primeiro plano da Europa. Não me considero uma superestrela, mas tudo acontece como quero.»
O jogador não se deixa incomodar pelos comentários de que é frágil mentalmente. Morientes aponta que já deu mais importância a isso: «Diz-se muita coisa... Mas não creio que um débil possa jogar no Real Madrid, como eu fiz. Nem podia chegar a um clube como o Mónaco e contribuir para que se tornasse mais forte.»