Mourinho e a polémica com Cole: «Não sou o pai, sou o treinador»

José Mourinho comentou nesta sexta-feira a polémica com Ashley Cole, «apanhado» no local em que se estava a realizar a festa de Natal do Arsenal, o seu antigo clube e próximo adversário dos «blues».

«Tenho a minha opinião, mas guardo-a para mim. Era dia de folga. Não sou pai dele, sou o treinador. Posso controlar o que fazem quando estão comigo, não o resto. Nem ao Ashley dei a minha opinião, pois não o tenho de fazer. Era a folga. Não treinámos na manhã seguinte, só de tarde. Não tenho o direito de comentar. Tenho a minha opinião mas guardo-a para mim», disse o técnico português do Chelsea.

Questionado depois de Ashley Cole seria titular frente ao Arsenal, Mourinho revelou que vai manter a aposta em Azpilicueta, adiantando ainda a titularidade de Ivanovic e Terry. Cahill e David Luiz disputam a outra vaga na defesa.

A presença de um jornalista francês na conferência de imprensa gerou ainda uma pergunta curiosa. Mourinho foi confrontado com declarações recentes de Pascal Dupraz, que disse que só aceitava críticas ou sugestões do português. Isto depois de ter ouvido alguns reparos de um colega de profissão.

«Todos somos criticados. A questão é confiar na nossa identidade e estarmos confortáveis com as críticas, não sermos influenciados. Não quer dizer que não possamos ler as críticas, pois as análises podem ser corretas, mas se confiarmos nas nossas ideias devemos ficar com elas. Aprendi isso ao longo dos anos. Os cães ladram e a caravana passa», disse Mourinho.

«Não podemos perder energia e concentração com esses debates, que tiram a concentração do essencial. Mas há uma linha entre crítica e falta de respeito. Há críticas com respeito, e devemos aprender a viver com elas. Por vezes é de mais, e as pessoas não respeitam essa linha, como aconteceu em Madrid», acrescentou.