Após a eliminação do Mundial 2022, o selecionador nacional, Fernando Santos, confessou que a equipa das quinas estava confiante de que poderia chegar à final da prova no Qatar.

«O balneário está destroçado, naturalmente desolados. Um agradecimento aos portugueses e ao apoio que nos chegou de Portugal. Tínhamos a convicção, pelo que tem sido o trabalho, a alegria, a motivação e a qualidade, que podíamos chegar à final e dar uma grande alegria aos portugueses. Era isso que queríamos. Eu e toda a estrutura estamos desolados e frustrados por não termos conseguido isso», reconheceu o treinador na conferência de imprensa após a derrota com Marrocos (1-0), nos quartos de final do Mundial.

Fernando Santos frisou que a seleção tinha estudado a equipa africana e estava consciente das «dificuldades que encerrava o jogo», até pelo que os marroquinos tinham demonstrado frente a Espanha, «que tem variantes iguais às de Portugal».

«Tínhamos trabalhado sobre isso, era preciso muita criatividade, criar situações de um contra um e retirar adversários, chegar a zonas de finalização. Em algumas fases do jogo, circulámos a bola demasiado atrás. Faltou alguma imaginação, como tivemos com a Suíça a romper linhas e a dificultar o adversário. Não fizemos o que podíamos e queríamos ter feito, mérito de Marrocos também, mas tivemos duas ou três situações. Fomos penalizados com um golo a terminar a primeira parte, não era justo ir para o intervalo a perder, mas o futebol é assim», observou.

O selecionador português lamentou ainda a falta de «sorte» e detalhou os erros na reta final do jogo.

«Nos últimos 10 minutos e no tempo extra entrámos em modo de ansiedade, a circular e a chegar às laterais com muitos cruzamentos. Quando não o fizemos, criámos algumas situações, como a defesa fantástica ao remate do Félix. Estamos desolados, porque estávamos convictos de que podíamos chegar à final e vencê-la», realçou.

«Houve mérito de Marrocos, muito mérito na organização defensiva, na forma como trabalha, luta e pela intensidade que põe no jogo. Portugal teve dificuldade em explanar toda a sua criatividade», completou.