Apesar de ainda em branco neste Mundial, Antoine Griezmann leva três assistências e a presença de França na segunda final consecutiva deve-se, claro está, muito a Kylian Mbappé mas também a ele. No jogo dos quartos de final diante de Inglaterra assistiu nos dois golos e nesta quarta-feira, diante de Marrocos, foi eleito o melhor em campo, ele que aos 5 minutos ajudou a desbravar caminho para o 1-0.

Aos 31 anos, o Griezmann que se tem visto no Qatar aproxima-se das melhores versões que o tornaram num dos melhores jogadores dos últimos anos e que ainda não se tinha visto em 2022/23 no Atlético Madrid. Por culpa do momento da equipa e por não poder somar mais do que 30 minutos por jogo nos primeiros meses da época enquanto os colchoneros não se entendiam com o Barcelona para o regresso, em definitivo, à capital espanhola pouco mais de três anos após ter sido vendido por 120 milhões de euros

O futebol é o momento, diz-se, e que o diga Griezmann, que dentro de dias poderá figurar numa curta lista de franceses bicampeões mundiais e da qual não faz parte talvez o maior franceses de sempre: Zinédine Zidane, que falhou no encerramento da carreira em 2006.

A história de vida de Griezmann já é sobejamente conhecida, tal como as raízes lusitanas, que o Maisfutebol foi conhecer em 2015: é neto de Amaro da Cavada, antigo jogador do Paços de Ferreira na década de 50.

É ainda pai de três filhos (não gémeos) todos nascidos no mesmo dia: 8 de abril.

Homem de pontaria, mas também generoso a servir os companheiros, Griezmann fez toda a carreira em Espanha. Em 2005, com 14 anos, chegou à Real Sociedad proveniente dos franceses do Mâcon, e em 2009 teve as primeiras oportunidades da equipa basca, onde ficou até se transferir para o Atlético em 2014. Foi nessa altura que teve as primeiras internacionalizações, já com Didier Deschamps, que o levou ao Brasil depois de apenas quatro jogos pelos Bleus, todos em jogos particulares.

Foi com ele que França conheceu o fracasso do Euro 2016 em casa, mas foi também com ele que se reergueu a seguir, depois de anos de travessia no deserto após o fim da fantástica geração que atravessou o final da década de 90 e terminou com aquela cabeçada de Zidane a Materazzi e a derrota na final do Mundial 2006 com Itália.

Pode ler mais sobre Antoine Griezmann e os restantes 25 jogadores de França no Mundial 2022 no dossier dedicado à seleção gaulesa, um dos vários conteúdos publicados no âmbito da Guardian Experts’ Network, a rede de meios de comunicação que tem o Maisfutebol como representante português, para partilha de informação relativa ao Mundial 2022.