FIGURA: Bruno Fernandes

O português do Manchester United pagou o bilhete a Portugal para o Mundial 2022 no Qatar, com dois golos de belo efeito, o último deles com grande classe, de primeira, aos 65 minutos, a resultar no 2-0 final, após cruzamento de Diogo Jota. Na primeira parte, resgatou de forma decisiva uma bola do ex-colega no Sporting, Stefan Ristovski, para combinar com Cristiano Ronaldo e abrir o marcador. Oito golos pela seleção e segundo bis pelas quinas, algo que já tinha feito num particular ante Israel. Para memória futura e para a história.

MOMENTO: finalização de classe (para o) Mundial, minuto 65

Foi mesmo assim. Uma finalização de classe mundial, rumo ao Mundial. De primeira, com o pé direito, na cara do guarda-redes Dimitrievski, Bruno Fernandes completou o bis e fixou o que seria o resultado final com um grande momento, após cruzamento de Diogo Jota, numa jogada que começou num lance que até podia ter sido perigoso para Diogo Costa, com Pepe a anular Bardhi. Moutinho conduziu e o resto foi feito lá à frente.

OUTROS DESTAQUES

Pepe: que exibição do central, um dos regressos à equipa face ao jogo com a Turquia, duelo que falhou devido ao teste positivo à covid-19. Tapou tudo o que havia para tapar, desde cruzamentos, investidas do talento de Elif Elmas e Enis Bardhi quando os macedónios procuravam assumir o jogo com muita gente no meio-campo ofensivo e perto da área. Imperial. Soberbo.

João Moutinho: exibição que deu equilíbrios ao meio-campo de Portugal, na ligação entre a defesa e os médios mais adiantados. Útil pela ponderação e experiência.

Vitinha: foi pouco tempo, mas a estreia de Vitinha tornou-se num dos momentos marcantes da noite, com uma enorme ovação do público no Dragão. O médio do FC Porto entrou já em tempo de compensação, rendendo João Moutinho, para a primeira internacionalização na seleção principal de Portugal. Mérito próprio para a oportunidade de um jogador que tem sido destaque na Liga portuguesa, muitas vezes neste palco.

Otávio: exibição com entrega e muita vontade, como já é sua característica, em nova titularidade neste decisivo play-off, tal como já tinha acontecido com a Turquia.

Bardhi e Elmas: tentaram pegar no jogo da Macedónia do Norte com a qualidade que têm com a bola nos pés, mas foi difícil de fazer a diferença no último terço, já perto da baliza de Diogo Costa. Esforçados e dois dos elementos principais de uma geração que, apesar de tudo, tem dado alegrias aos macedónios.