Jorge Larrionda e Roberto Rosetti, os árbitros no centro das duas grandes polémicas do Mundial 2010, evitaram dar explicações nesta terça-feira. Nenhum deles participou na sessão de treino aberta aos jornalistas promovida pela FIFA.

Jose Maria Garcia-Aranda, o responsável pelas arbitragens do Mundial, explicou a ausência dos dois juízes, perante a presença de muitos jornalistas que queriam ouvi-los. O uruguaio Larrionda, recorde-se, não validou golo da Inglaterra frente à Alemanha, que seria o 2-2, não considerando que a bola passou a linha, quando as imagens mostram que passou claramente. Quanto a Rosetti, validou o primeiro golo da Argentina frente ao México, quando Carlos Tevez estava em fora-de-jogo, também evidente.

Calendário do Mundial actualizado

Jogos na TV

«Têm uma sessão de recuperação e decidiram não estar aqui por razões pessoais», afirmou Garcia-Aranda, admitindo que a FIFA já abordou a questão com os dois juízes: «É um assunto interno. Mas temos falado sobre estas questões técnicas.»

O responsável da FIFA defende depois a qualidade global das arbitragens no Mundial: «A minha opinião é que os árbitros estão a tomar decisões de acordo com o que vêem no relvado. Temos de falar dos 54 jogos e das decisões que os árbitros têm tomado. Ninguém fala dos excelentes golos que foram marcados por causa de decisões excelentes.»

Alguns juízes presentes na sessão de Pretória mostraram-se de resto favoráveis à introdução de tecnologia na linha de baliza, para tirar teimas. É o caso do inglês Howard Webb: «Tenho espírito aberto em relação a qualquer coisa que nos torne mais credíveis. Quaisquer que sejam as ferramentas que tenha, vou usá-las o melhor que consiga. Fui polícia e apliquei a lei, mas não a fazia. Vou acompanhar esta discussão com interesses.»