Esmagador. A máquina do Barcelona atropelou o Santos na final do Mundial de Clubes (4-0), em Yokohama, e fechou um ano de sonho em que juntou a Liga dos Campeões, a liga espanhola, a Supertaça de Espanha, a Supertaça Europeia e, agora, o merecido ceptro mundial. Lionel Messi, com dois golos, foi um «gigante» em campo, enquanto Neymar foi um espectador privilegiado do espectáculo proporcionado pela equipa de Guardiola.

Uma exibição arrebatadora, com uma posse de bola sempre acima dos setenta por cento e um cem número de oportunidades que podiam ter ditado um resultado mais dilatado. Sem David Villa, Guardiola apostou na juventude de Thiago Alcantara, mas o Barça, com nove jogadores da «cantera» no onze inicial, foi igual a si próprio. Ao primeiro apito, começou o «tiki-taka», com a bola a rodar de pé para pé, sempre nas imediações da área de Rafael. O Santos tinha entrado com algumas precauções, com três centrais, mas sem bola pouco pode fazer para travar os catalães.

As oportunidades sucederam-se a um ritmo vertiginoso e Messi abriu o marcador, aos 17 minutos, depois de uma rápida combinação com Xavi antes de levantar a bola sobre Rafael. Simples e eficaz. Cinco minutos depois, novo golo, com Daniel Alves a assistir Xavi para um golo fácil. Só dava Barça e, logo a seguir, Fabregas acertou no poste. O Santos não tinha capacidade de reacção e, à meia-hora, o treinador prescindiu de Danilo para tentar compor o meio-campo com Elano. Mas os brasileiros continuavam sem bola e Messi voltou a aparecer em grande para o terceiro, mesmo antes do intervalo, concluído por Fabregas.

Estava tudo decidido em 45 minutos. O Santos não conseguiu melhor do que dois remates inofensivos de Ganso e chegou ao intervalo com menos faltas do que o Barça. A segunda parte começou com mais do mesmo. Mais Barça, muito Barça. Oportunidades atrás de oportunidades. Neymar ainda teve uma oportunidade flagrante para reduzir, mas o Barça teve meia-dúzia para aumentar a vantagem, mas a segunda parte só teve mais um golo, assinado pelo incontornável Messi.

Um autêntico passeio para o Barcelona que continua a somar títulos, o 13º em três anos, assumindo-se, cada vez mais, como a melhor equipa de todos os tempos.

FICHA DO JOGO

Estádio Internacional de Yokohama

Árbitro: Ravshan Irmatov (Uzbequistão)

SANTOS: Rafael, Danilo (Elano, 30m), Dracena, Bruno Rodrigo, Durval, Henrique, Arouca, Léo, Ganso (Ibson, 83m), Neymar e Borges (Kardec, 78m.

BARCELONA: Valdés, Dani Alves, Piqué (Mascherano, 56m), Puyol (Fontas, 85m), Abidal, Busquets, Xavi, Thiago (Pedro, 78m), Iniesta, Fabregas e Messi.

Ao intervalo: 0-3.

Marcadores: Messi (17 e 82m), Xavi (24m) e Fabregas (45m).

Disciplina: cartão amarelo a Piqué (38m), Mascherano, 70m), Ganso (72m) e Edu Dracena (73m).

Resultado final: 0-4.

Veja os golos do Barça: