Aos 33 anos, Catalina Usme viveu, porventura, o dia mais importante da sua carreira, ela que foi decisiva no apuramento histórico da Colômbia para os quartos de final do Mundial Feminino.

Mas o caminho até aqui foi longo, e sinuoso.

Desde logo, Usme teve de batalhar muito no início da sua vida como futebolista. É que enquanto marcava golos em barda pelos relvados, a avançada do América de Cali tralhava como empregada de mesa, isto enquanto acumulava também a vida de estudante.

Catalina não desistiu e conseguiu chegar a jogadora profissional, mas não sem mais um par de revés duros, como as duas lesões graves nos ligamentos dos joelhos que sofreu, só para exemplificar.

Mais uma vez, isso não a deitou abaixo.

«Ao longo da minha carreira aprendi que a melhor forma de liderar é pelo exemplo. Podemos ter dias bons, dias maus, dias normais, dias espetaculares; podemos ser saudados como heróis ou subestimados e isso pode afetar, mas nunca vou desistir de trabalhar duro», afirmou.

Nada a parou até se tornar na maior goleadora da história da seleção colombiana, assim como da história da Taça Libertadores.

Esta terça-feira, a cereja no topo do bolo: foi de Catalina Usme o golo decisivo com que a Colômbia bateu a Jamaica e marcou encontro com a Inglaterra nos quartos de final.

Este perfil foi escrito no âmbito da Guardian Experts' Network, que tem o Maisfutebol como representante português.