Num típico jogo de taça da Liga onde nada há a ganhar, Nacional e Gil Vicente protagonizaram poucos momentos de interesse aos poucos que tiveram a ousadia de se deslocar ao estádio da Madeira, não servindo sequer de desculpa o fato de jogarem com muitos jogadores que não costumam ser primeira opção.

Djaniny ainda ameaçou aos 3 minutos a baliza de Caleb, dando a impressão de que se nada havia a perder, então poderíamos estar perante um bom espetáculo, sem pressão e com qualidade. Puro engano!

Os cerca de duzentos adeptos que se deslocaram às frias montanhas da Madeira onde fica localizado o estádio, tiveram que se contentar com uma primeira parte ínsipida, em que o Gil Vicente apenas por duas vezes ameaçou a baliza à guarda de Ricardo Batista, à passagem do minuto 6, numa tentativa de Caetano, e aos 20 minutos por Simi, com ambas a sair à figura.

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Depois, seguiram-se quase trinta penosos minutos de acumular de faltas (a primeira parte registou dezoito), finalizados com uma espetacular defesa de Caleb, negando o golo ao cabeceamento de Zainadine, na sequência da transformação de um livre na direita por Sequeira.

O mesmo Sequeira haveria de voltar a estar em evidência à passagem do minuto 41, fugindo pela ala esquerda e cruzando para o poste mais distante, onde haveria de surgir Djaniny, pleno de oportunidade, a fazer o golo inaugural da partida, dando um ligeiro safanão no marasmo que se vivia dentro das quatro linhas.

O intervalo chegou e com ele a esperança de que o jogo pudesse mudar de qualidade, um sentimento que redobrou com o tento da igualdade dos gilistas logo no primeiro minuto do segundo tempo, com Danielson a aproveitar uma desatenção defensiva e a dar a melhor sequência a um canto na esquerda batido por Avto.

As equipas pareciam estar agora ligadas à corrente, pese embora o futebol praticado nem sempre fosse o mais esclarecido. No entanto, o que se quer são golos e esses estavam reservados para a etapa complementar.

DESTAQUES: DANIELSON, O CENTRAL GOLEADOR 

Moralizados pelo golo, os pupilos de João de Deus partiram em busca de um segundo tento, mas nem Avto aos 52 minutos, nem Paulinho, volvido somente um minuto, conseguiram bater Ricardo Batista.

A velha máxima diz que quem não marca habilita-se a sofrer e foi exatamente isso que aconteceu, já que Reginaldo haveria de se estrear a marcar com a camisola alvi-negra à passagem do minuto 61, depois de um excelente pormenor sobre Nélson Agra, conduzindo a bola da esquerda para o centro e fuzilando Caleb.

Arrefeceram os ânimos gilistas como que atordoados pelo golo. Contudo, Ricardo Batista numa falha clamorosa numa saída a um cruzamento haveria de permitir que Danielson bisasse no encontro, deixando tudo em aberto para os últimos quinze minutos da partida.

No entanto, e pese embora o esforço evidenciado por ambas as equipas para que fosse possível chegar à vitória, o resultado jamais se alterou, deixando o conjunto liderado por Manuel Machado no último posto da tabela desta fase de grupos, mas valendo pelo quebrar do jejum de golos que os gilistas vinham evidenciando nos últimos tempos.