*Por André de Sousa Martins

O último jogo do Nacional na Choupana jogou-se em silêncio e, por isso, a queda perante o Arouca causou algum estrondo na equipa, sócios e simpatizantes do clube insular. Sobretudo pelo resultado e não tanto pela exibição como explica Manuel Machado recorrendo a um pensamento de... José Mourinho.

«Perante uma questão relacionada com o mau início, o José Mourinho disse que tinha posto os jogadores a jogar basquetebol e andebol. O que estou a tentar dizer é que não há muito para dizer nestas circunstâncias a não ser valorizar o que se fez de bem e, de alguma maneira, referenciar também o que menos bem, principalmente a pecha na finalização que em alguns momentos se deveu a falta de sorte, noutros a falta de talento e eficácia», sublinhou o professor recorrendo ao Special One para explicar o desaire com o Arouca.

Depois de José Mourinho veio um momento...Paulo Fonseca. O técnico do FC Porto disse, na véspera, que, por vezes, mesmo ganhando não vai satisfeito para casa e que há situações em que não ganhado sai tranquilo do estádio. Ora, Manuel Machado também não ficou de forma nenhuma satisfeito com o resultado do jogo com o Arouca, mas viu o melhor Nacional da temporada.

«Penso que o último jogo, naquilo que foram os aspetos fundamentais, foi, talvez, o melhor dos quatro que fizemos. Tivemos um bom desempenho, o Gottardi não fez nada e criámos uma mão cheia de oportunidades para fazer golo. Valorizar estes aspetos é fundamental. Queremos manter estes princípios gerais, a dinâmica de jogo, melhorando a finalização», reforçou antes de olhar diretamente para a o próximo adversário.

Do alto da Choupana o Nacional apenas saboreou dois dos três resultados possíveis: o empate e a derrota. Manuel Machado encara a briosa como uma excelente oportunidade para assinalar de cruz uma vitória em casa, mas alerta para o perigo que vem de Coimbra.

«Há diferenças entre esta Académica e a do Pedro, nomeadamente ao nível do meio campo onde houve uma inversão do dispositivo, passando a jogar num 2+1, com o China e Marcos Paulo atrás do Cleyton, num bloco central mais precavido que o anterior. De resto, o Diogo Valente e o Marinho irão jogar porque é um jogo fora e são jogadores de transições, numa Académica que tem uma identidade de bom futebol», rematou em jeito de raio-x ao adversário.