Com as vestes hospitalares e semblante apático, o jovem manequim de Cantanhede, de 21 anos, foi informado da acusação pelo juiz. A única reacção de Renato Seabra foi quando o seu advogado confirmou ao juiz que não autorizava a filmagem e reprodução fotográfica da videoconferência. Renato Seabra, que já sabia da proibição, esboçou um ligeiro sorriso, descrevem os jornalistas nacionais e estrangeiros que assistiram à videoconferência.
Através desta videoconferência, o suspeito foi informado da acusação de homícido de 2ºgrau e que será ouvido no dia 1 de Fevereiro, mas desta vez, pelo Tribunal Supremo. Até lá permanece detido no Hospital Psiquiátrico Bellevue, sem direito a fiança.
Durante a videoconferência foi citado o depoimento do detective John Mongiello, que relatou que viu um «morto» num quarto do hotel InterContinental: «um indivíduo do sexo masculino identificado como Carlos Castro, deitado nu no chão».
«O depoente declarou que a face de Carlos Castro estava coberta de sangue e hematomas», pode ler-se no documento, que dá conta ainda da amputação que o colunista sofreu.
O mesmo documento revela que um detective da secção de homicídios da esquadra de Sul de Manhattan tomou conhecimento da confissão de Renato Seabra.
Segundo o seu testemunho, o jovem disse ter sido ele a «matar Carlos Castro» depois de o ter «atacado de diversas formas», recorrendo ao estrangulamento, a golpes com um saca-rolhas, fazendo embater a cabeça da vítima contra um televisor e amputando-o.
RELACIONADOS
Renato Seabra não sai do hospital e vai ser ouvido através de videoconferência
Renato Seabra não será ouvido hoje pelo juiz
Renato Seabra ouvido pelo juiz às 16 horas
Cinzas de Carlos Castro vão ser depositadas num cemitério em Manhattan
Renato Seabra é «apenas um suspeito» evidencia a sua advogada