Renato Seabra tem poucas hipóteses de ser considerado inimputável pela justiça norte-americana, avança o Diário de Notícias, que falou com Francisco Moita Flores e José Barra da Costa.

Para os dois especialistas, os investigadores vão ter de avaliar os antecedentes psicológicos do modelo português e ver em que situação aconteceu o crime.

«Acho que não é possível que isso aconteça. Só se ele tiver tido uma rutura no pensamento e na personalidade», afirma o ex-inspector da Polícia Judiciária.

«É preciso traçar uma autópsia psicológica para saber se este indivíduo já tinha dado anteriormente sinais de não estar bem mentalmente. Se já esteve internado em alguma instituição psiquiátrica, se já frequentou um psicólogo, se tomava medicação, se tem registos anteriores em tribunais e na polícia de agressividade ou violência», explica o antigo inspector-chefe da PJ.

Quanto ao ato da castração de Carlos Castro, este pode indicar uma «recusa a um prática sexual não aceite», sendo que só quando a orientação sexual de Renato Seabra for esclarecida é que se poderá saber o que aconteceu.

«A castração pode ser uma rejeição da homossexualidade. Não sei qual era a orientação sexual do rapaz. Talvez não fosse homossexual. A ideia com que se fica é de que ele rejeitava esse tipo de prática», afirma Moita Flores.