Carolina Salgado é a principal arguida neste julgamento que decorre já desde Julho do ano passado, por ser visada no processo principal e em quatro dos cinco apensos.
Num deles, Carolina Salgada é acusada de mandar pegar fogo aos escritórios de Pinto da Costa e do advogado de Lourenço Pinto.
O Ministério Público imputa ainda à antiga companheira do presidente do FC Porto um crime de ofensa à integridade física qualificada, na forma tentada, contra o médico Fernando Póvoas.
Carolina Salgado é também julgada por alegado testemunho falso durante a instrução do «caso da fruta», relacionado com eventual corrupção desportiva no jogo FC Porto-Estrela da Amadora, em 2003/04, um processo em que Pinto da Costa era um dos acusados e que um juiz de instrução decidiu não levar a julgamento.
Outros apensos relacionam-se com o livro «Eu Carolina», em que Carolina Salgado responde por alegada difamação simples contra Pinto de Costa e difamação agravada contra Lourenço Pinto.
Já Pinto da Costa está acusado de dar duas bofetadas à ex-namorada, em Março de 2006, numa altura em que procedia à retirada de bens de uma vivenda da Madalena, Gaia, que ambos coabitaram.
Nas alegações finais, em 28 de Maio, o advogado de Carolina Salgado, José Dantas, defendeu a absolvição da sua cliente e a pediu condenação de Pinto da Costa, que «desferiu duas bofetadas no rosto de Carolina, uma em cada face», o que ficou comprovado da leitura do relatório pericial do Instituto de Medicina Legal.
Em resposta, o advogado do presidente do FC Porto, Gil Moreira dos Santos, afirmou que esta é a «história de uma absolvição anunciada», enquanto que o próprio Pinto da Costa quis acrescentar ao tribunal que o episódio das bofetadas foi «uma cena inventada totalmente».
Ainda na sessão de alegações finais, Carolina Salgado acusou o motorista de Pinto da Costa de a ter cuspido e anunciou que o iria processar.
Outro incidente ocorreu a 25 de Agosto do ano passado, altura em que um fotógrafo do Jornal de Notícias foi abalroado pelo carro no qual Pinto da Costa abandonava o tribunal, após mais uma audiência do processo.
Já o início do julgamento ficou assinalado por quatro ausências de Carolina Salgado, que invocou sempre razões de saúde.
A longo batalha judicial desencadeada após a separação do casal teve dia 2 um novo desenvolvimento, altura em que o Tribunal de Gaia condenou Carolina Salgado a uma pena suspensa de um ano e seis meses de prisão por se apropriar indevidamente de 30.300 euros que se encontravam numa conta de que os dois eram titulares.
A leitura do acórdão do caso agora na barra judicial está marcada para as 14:00 na 3.ª Vara do Tribunal Criminal de São João Novo.
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