Luís Freire, treinador do Nacional, depois da vitória de 2-1 sobre o Famalicão:  

[Grande transformação da primeira para a segunda parte]

«A transformação acaba por ser feita na capacidade de construirmos o nosso jogo. O Famalicão estava fresco fisicamente, a pressionar, mas o Nacional tentava ser igual a si próprio e construir o jogo. Na primeira parte, o Famalicão conseguiu estar sempre com um bloco muito alto e compacto, com pouco espaço entre linhas. A lesão do Kal também nos desestabilizou um bocadinho e acabámos por não ter a paciência necessária para nos instalarmos no meio campo ofensivo, e despejámos muitas bolas longas sem grande perigo. Já o Famalicão ganhava a bola e partia em contra-ataque com perigo.»

«Não foi um jogo em que não tentámos desde o início. Procurámos, mas o adversário estava mais fresco e acabou por aproveitar alguns erros. Depois do 1-0 houve uma reação da equipa, quando conseguimos criar duas ou três chances em que, por pouco, não fizemos o empate. Na segunda parte, a equipa acreditou no processo e entrou determinada em procurar o golo. Criámos perigo constante e acabámos por dar a volta ao jogo, penso que de uma forma justíssima, com boas jogadas de futebol. Até ao últimos 10 minutos ainda estivemos à procura do terceiro golo, e só a partir daí baixámos mais um pouco e o adversário reagiu. Mas foi mais do que justo, porque também nunca deixámos de procurar o terceiro.»

«Uma palavra para os meus jogadores, porque tivemos um período de algum tempo em que não ganhámos, mas o processo estava a crescer. Fizemos 30 remates e perdemos em dois jogos, hoje fizemos 17 e ganhámos, com oito deles à baliza. Os jogadores não se desestabilizaram, acreditaram e uniram-se. Independentemente de quem jogou nestes jogos, fomos sempre a mesma equipa e penso que é um prémio mais que justo.»

[sobre os três pontos]

«Eu disse que quando a bola começasse a entrar íamos começar a materializar o que estávamos a criar. Agora a bola começa a entrar e toda a gente começa a ver isso também. Mas quero frisar que é uma vitória do trabalho, de toda a gente do Nacional, de todo o staff, dos adeptos também, que estiveram a apoiar e ouvimos. Temos de estar juntos, fortes, porque vai ser uma guerra muito grande.»

«Hoje ganhámos, o que já não acontecia há algum tempo. É verdade que demos uma boa resposta na Luz. Não tivemos o nosso melhor marcador em campo, não tivemos o guarda-redes que costuma jogar, e isto é uma demonstração de força grande do nosso grupo. Tivemos jogadores condicionados, várias situações. É em nome da equipa que temos de trabalhar. Os jogadores foram guerreiros e mereceram a vitória. A vitória é deles.»