O primeiro casting para o FameLab português, uma espécie de Ídolos da ciência com direito a um júri «implacável» será no sábado no Centro Ciência Viva de Sintra.

Estudantes, licenciados, professores e doutorados terão três minutos para falar sobre ciência, recorrendo apenas às palavras e gestos.

Os participantes competem para representar Portugal na final internacional em Junho, no Festival de Ciências de Cheltenham, Reino Unido, em que uma comunicação sobre ciência será feita para o grande público.

O FameLab começou em 2005 e foi ganhando importância mundial. Este ano realiza-se pela primeira vez em Portugal, numa parceria da Ciência Viva com o British Council. Trata-se de um concurso internacional de comunicação em ciência que existe desde 2005, organizado pelo British Council.

Os 18 concorrentes portugueses vão mostrar, ao vivo, o que valem perante um júri que já prometeu ser «implacável»: Carlos Fiolhais (Física/Universidade de Coimbra), António Granado (Comunicação/Universidade Nova de Lisboa) e Marta Agostinho (Comunicação/ Instituto de Medicina Molecular).



Carlos Catalão explicou que os concorrentes «têm de ser "eles mesmos": carismáticos, claros, informativos e rigorosos».

«O júri será constituído por pessoas de referência quer do ponto de vista da comunicação científica em Portugal, quer do ponto de vista do jornalismo científico e dos media, e será implacável do ponto de vista do rigor científico», garantiu.

Os concorrentes foram escolhidos a partir de uma amostra de dezenas de vídeos e os que forem escolhidos em Sintra ainda vão ter de enfrentar o grande público no Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva, a 8 de Maio.

Em 2009, o júri da final internacional assistiu, entre outras coisas, a uma apresentação sobre selecção sexual, em que os concorrentes cantavam uma adaptação de um êxito musical dos Bloodhound Gang, e a uma explicação sobre a neurociência do amor e por que é que os macacos pagariam para ver fotografias dos «traseiros» das fêmeas macacas.

A título de exemplo, a organização avançou que a final nacional da Turquia, transmitida em directo na televisão, atraiu audiências na ordem dos 20 milhões de espectadores.

Lançado em Julho de 1996, o Ciência Viva tem como missão a promoção da cultura científica e tecnológica junto da população portuguesa.