Devastada, a mãe de Renato Seabra revela à jornalista Felícia Cabrita que, no encontro com o filho, não o questionou sobre o crime e que este não falou qualquer palavra sobre o homicídio de Carlos Castro.
«Está pálido, muito magrinho,parece um mendigo», descreve a enfermeira de 53 anos.
«Está em choque, não tem um discurso coerente, tem paragens», evidencia ainda a mãe que garante que essa não é uma «estratégia da defesa» e que o filho «está verdadeiramente afetado psicologicamente».
Odília Pereirinha relembra a alegria do filho quando conheceu Carlos Castro. «Estiveram cerca de duas horas a falar e, quando o Renato voltou, vinha muito feliz», conta evidenciando a crença de mãe e filho de que o cronista iria ajudar o jovem a vencer no mundo da moda.
A mãe de Renato Seabra admite que sabia que Carlos Castro «era gay assumido» mas que, por não ser preconceituosa, não viu «nada de errado» na relação deste com o filho a quem educou também para não ser «preconceituoso». Afirma ainda que Carlos Castro lhe disse que iria ser «o pai que Renato nunca teve».
Como sinais de desconforto na relação entre Renato Seabra e Carlos Castro, Odília Pereirinha refere apenas que o filho se queixara de «luxúria» na vida de Carlos Castro durante uma viagem a Madrid e questionada pela jornalista Felícia Cabrita; «Luxúria como?», relaciona a queixa do filho com idas a restaurantes caros e o contato com famosos.
Na entrevista, Odília Pereirinha volta a contar os últimos telefonemas do filho, que queria regressar de Nova Iorque antes da data prevista argumentando que «nao conseguia respirar».
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