Cinco golos marcados em aproximadamente 65 minutos de competição. É este o registo de Nuno Gomes, na presente temporada. O «bis» em Paços de Ferreira reabre a porta da Selecção? Paulo Bento não permite a entrada, para já, mas também não fecha o acesso.

«Isto não pode ser analisado pelo aparecimento de um jogador em determinado momento, e pensar que dá jeito. O Nuno tem grande qualidade, tem um trajecto de selecção, e a eficácia que demonstrou, mas temos de pensar de outra forma. É um jogador que sabemos a qualidade que tem. Não está no lote dos jogadores que podem ser convocados, para já, mas não fecho as portas, ainda para mais um jogador com o trajecto dele e o grau de profissionalismo. Mas não pode ser um momento que fazer logo pensar nisso», respondeu o seleccionador.

As eleições do Sporting motivaram também duas questões a Paulo Bento. Uma primeira relacionada com a Selecção, e que tem a ver com a escassez de jogadores portugueses entre os nomes avançados pelos candidatos (só Hugo Almeida entrou na «guerra de trunfos»). «Aquilo que me compete é observar os jogadores onde eles estiverem inseridos, e construir uma boa equipa, um bom grupo. Nas opções dos clubes não nos podemos imiscuir. Quanto mais jogadores portugueses joguem, e em equipa de grande dimensão, melhor pode ser. Para os clubes e para a selecção. A tendência é que os grandes jogadores saiam de Portugal. Sabemos o mundo em que vivemos», respondeu o seleccionador, confrontado depois com o facto de estar apenas um treinador português apontado ao banco leonino: «Cada candidato tem a sua escolha. Seguramente que escolheu tendo em conta o perfil e a competência. O Sporting já teve treinadores estrangeiros e já teve portugueses. Idade e nacionalidade não são sinónimos de competência.»