Na apresentação do relatório preliminar do estudo de viabilidade desta infra-estrutura, Rogério Pedro, director regional da empresa de consultoria Proplano, explicou que a nova pista é «técnica e financeiramente viável», mas o prazo de execução irá depender do tipo de apoios estatais.
O projecto será candidato a fundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) mas, mesmo sem qualquer apoio, o investimento será recuperado em 33 anos, disse este responsável.
Duas hipóteses de ampliação
Em cima da mesa estão duas hipóteses de ampliação da actual pista, com cerca de 1.500 metros para 2.400 de modo a receber aviões de médias dimensões, como o Airbus 320 ou o Boeing 737, com capacidade até 170 lugares.
Uma é mais simples, ampliando a actual pista, mas um dos limites ficará demasiado próximo da serra de Aire, um constrangimento técnico que irá dificultar a aproximação sul das aeronaves.
Outra das soluções, que é a defendida pela Proplano, é a construção de uma nova pista-aproveitando apenas metade da actual-ampliando a infra-estrutura existente para norte, e afastando-a dos cabeços serranos.
A futura pista teria uma dimensão semelhante à de Faro, capaz de acolher tráfego low-cost e voos charters, estimando-se um «horizonte de um milhão de passageiros por ano».
Para o coordenador do grupo de estudo técnico, Álvaro Órfão, existe «mercado» para esta infra-estrutura, faltando agora garantir «viabilidade política» para o projecto, com apoios comunitários, mas também «parcerias financeiras» de privados.
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