Sim, tomei a liberdade de não usar «macaco» no título e alterar o velho ditado popular. Melhor afastar qualquer dupla (e bizarra) interpretação.

Francisco Conceição deixou o FC Porto pelo valor da cláusula de rescisão: 5 milhões de euros. Sérgio Conceição vê partir então um talento da formação e, especialmente, uma opção muito interessante para o ataque.

A culpa é de quem? Não é de Francisco, muito menos de Sérgio. Independentemente do grau de parentesco e da forte identificação com os dragões, os dois são, acima de tudo, profissionais. Têm direito de vir e ir, de buscar o melhor caminho, seja ele esportivo ou financeiro.

A culpa da «doação» de um jovem promissor do futebol português ao clube dos Países Baixos está única e exclusivamente na (cada vez mais errática) gestão portista. Não acreditou no potencial e demorou para valorizar o jogador. Falhou feio.

Falham feio, agora, aqueles que preferem perseguir o mensageiro ao invés do responsável pela mensagem. Algo está muito errado quando é a banana a comer o... chimpanzé.

* Bruno Andrade escreve a sua opinião em Português do Brasil.