O Paços de Ferreira apurou-se esta quinta-feira para o play-off da Liga Conferência, apesar da derrota na Irlanda do Norte frente ao Larne, por 1-0.
Os castores golearam na primeira mão, por 4-0, e jogaram em território norte-irlandês em completa gestão. Sofreram um golo no fim, mas seguem em frente na mesma.
Muitas caras novas, pouca dinâmica
Com a eliminatória no bolso desde há uma semana, Jorge Simão promoveu várias alterações na equipa. No total, em relação à partida da outra quinta-feira e à vitória frente ao Famalicão, no fim de semana, foram sete as mudanças.
E a equipa da Capital do Móvel ressentiu-se.
As caras novas no onze eram muitas, as dinâmicas poucas. O Paços entrou desligado do jogo, sem grande vivacidade, e permitiu que o adversário, com individualidades bem inferiores, se superiorizasse nos primeiros minutos.
Mas o Larne também não dava para muito mais e, durante toda a primeira parte, a bola jogou-se longe das balizas. Aqui e ali uma ou outra aproximação, mas sem nunca conseguir criar verdadeiros calafrios aos guarda-redes das duas equipas.
Palestra deu frutos, mas por pouco tempo
Não sabemos o que foi dito por parte de Jorge Simão ao intervalo, mas a verdade é que o Paços apareceu com outra cara para os últimos 45 minutos da eliminatória. O meio-campo castor pegou na partida, com Eustáquio em evidência, e empurrou o Larne para a sua baliza.
Nesse período, surgiu a grande oportunidade do jogo para a formação portuguesa: Zé Uilton fez o mais difícil, ultrapassando vários adversários com classe, mas depois falhou na cara do guarda-redes, com a bola a embater no poste.
O aviso estava dado... mas ficou por aí.
Jorge Simão mexeu na equipa, mudou quase todo o ataque, e a equipa pacense voltou ao mesmo registo da primeira parte.
Aproveitou o Larne, pelo pé do seu melhor jogador: Mark Randall. O médio inglês ameaçou o golo aos 78 minutos, mas a bola foi com estrondo ao poste. Cinco minutos volvidos, no entanto, não desperdiçou. Marco Baixinho facilitou – um lance que exemplifica bem o estado de espírito pacense no jogo, com o central a deixar a bola bater – e Randall, depois de lhe ganhar posição, rematou certeiro para a baliza.
Festa para os homens da casa, que pouco ou nada mexeu com o estado de espírito do Paços. A eliminatória, repetimos, já estava no bolso há uma semana. Convém é não repetir a inércia na próxima eliminatória, até porque vem lá um tubarão: o Tottenham de Nuno Espírito Santo.