Pepa, treinador do Paços de Ferreira, considera que o Nacional vai exigir o melhor da sua equipa, manifestando-se confiante num «grande jogo», na partida que assinala o arranque da 22.ª jornada da Liga esta sexta-feira.

«Não sei se vamos ganhar amanhã [sexta-feira], mas tenho a certeza de que vamos fazer um grande jogo, com qualidade e muita intensidade, frente a uma equipa do Nacional bem orientada», disse Pepa, sem acusar a derrota da última jornada, diante do Santa Clara (0-3), a mais pesada do Paços em toda a temporada.

O jovem técnico falou «num dia menos conseguido» do Paços de Ferreira e reconheceu «mérito» aos açorianos, precisando que o resultado «só seria preocupante se acontecesse com frequência».

«Mais do que perder, ficou a sensação de não termos sido iguais a nós próprios. Mas isso não invalida o que temos feito. Temos um grupo humilde, de trabalho, com muita qualidade e uma obsessão pela forma de jogar e ideia de jogo, aliado, claro, aos pontos. Há já um jogo amanhã e queremos ir rápido para dentro de campo, mas sem precipitação, sem nervosismo, sem ansiedade, porque costuma dar mau resultado», sublinhou.

Pepa deixou elogios ao Nacional, reconhecendo no adversário competências que vão exigir o melhor Paços de Ferreira em campo. «O Nacional gosta e consegue ter bola, é forte na fase de construção e também tem jogadores muito rápidos, desequilibradores e objetivos na procura da baliza. Tanto podem ter sucesso com um bloco um bocadinho mais baixo ou mais adiantado e estas características vão obrigar ao melhor Paços», reconheceu.

O treinador dos castores destacou ainda «o campeonato incrível» e os níveis de competitividade, com oito pontos a separarem o oitavo do último classificado, mas fez questão de lembrar que se trata de uma prova de resistência e não de velocidade e que o Paços sabe bem o que quer.

«Sabemos de onde vimos e para onde queremos ir. Se fosse uma corrida de 100 metros, [com o Santa Clara] não tínhamos sequer saído dos blocos, mas isto é uma maratona. Não queremos perder o comboio da frente, para depois, no fim, entrarmos no estádio para a volta olímpica. Mas ainda temos muito que andar e estamos focados», concluiu.

Jorge Silva e Diaby, em diferentes fases de recuperação, após intervenções cirúrgicas, vão ficar de fora das opções do treinador.