A chama olímpica foi acesa esta terça-feira na antiga cidade de Olímpia, na Grécia, e começou agora um longo périplo até à chegada a Paris para os Jogos Olímpicos de 2024, que começam dentro de 101 dias.
Após duas edições – Jogos Tóquio2020 e de inverno Pequim2022 – em que a cerimónia foi afetada pela covid-19, o acender da chama recuperou o seu simbolismo e grandiosidade, com mais um milhar de pessoas a assistir, entre as quais o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.
Junto às ruínas com 2.600 anos do templo a Hera, a suma sacerdotisa, interpretada pela atriz grega Mary Mina e vestida com um traje tradicional da Grécia Antiga, acendeu a pira, com recurso ao sol e a um espelho cilíndrico, num processo que já era conhecido pelos gregos da antiguidade.
No final da cerimónia, a suma sacerdotisa pousou a chama numa das pedras das ruínas do templo da antiga cidade que é considerada o berço dos Jogos da Antiguidade e acendeu a tocha que estava nas mãos de Stefanos Douskos.
O remador grego, medalha de ouro em Tóquio2020, começou o percurso da tocha com um ramo de oliveira na mão e depois de ser libertada uma pomba branca, símbolos da paz, passando-a depois à ex-nadadora Laure Manaudou, após passar junto ao monumento a Pierre de Coubertin, pai dos Jogos Olímpicos da era moderna.
A campeã olímpica dos 400 metros livres em Atenas2004 será a primeira francesa a transportar a tocha olímpica para os Jogos Paris2024, que se disputam de 26 de julho a 11 de agosto.
O percurso da chama vai agora percorrer durante onze dias a Grécia antes de partir para Paris, num caminho com passagens por vários locais históricos franceses, assim como pela Polinésia Francesa, onde se vão disputar as provas de surf.