Um dos passatempos favoritos de milhares de portugueses é dar uns toques numa bola. Ora, quando alguém faz do futebol a sua profissão, o que sobra para fazer nos tempos livres? Como em tantas outras coisas, há de tudo. Dos mais simples, aos mais estranhos e inesperados.
Por exemplo, Kaká, o astro do Real Madrid que tem fama de menino bem comportado não foge à regra quando se fala de passatempos e alinha pela normalidade. É fã de jogos de computador, mas também de séries de televisão como «Lost», «Prison Break» e «24 horas». Rezam as crónicas que organiza sessões em conjunto com os parceiros nos estágios.
Os jogos virtuais são mesmo o «hobbie» mais visto. Vários são os jogadores que afirmam ser fãs deste tipo de divertimento, nomeadamente de simuladores de futebol. E nem os treinadores fogem à moda. Luís Castro, agora na formação do F.C. Porto, quando treinou a Sanjoanense não teve pudor em afirmar que usava o conhecido jogo «Football Manager» não só como divertimento, mas também como forma de obter informação sobre jogadores, beneficiando da detalhada base de dados que o jogo oferece.
Ainda no campo dos jogos, mas deixando o mundo virtual, Cristiano Ronaldo também revela o seu hobbie. No caso, o Bingo. O português já falou desta predilecção: «Torna-se excitante estar tanto tempo à espera que saia apenas um número».
Os músicos
Como seria uma banda formada apenas por futebolistas? Não é o cenário tão irreal que parece à primeira vista. Bastava juntar no mesmo espaço Helton, do F.C. Porto, famoso pelo «violão» que leva para os estágios, Wayne Rooney, o baterista de serviço do Manchester United, Norberto Solano, o tocador de trompete do Newcastle e o ex-dragão Carlos Alberto, para acompanhar na pandeireta.
Se a bola não roubasse tempo para os ensaios, este quarteto poderia ter sucesso. Falta a voz? O técnico do Vitória de Guimarães Neno chegou, inclusive, a gravar um CD.
Os hobbies mais estranhos
Videojogos, séries, filmes e música acabam por ser passatempos banais para qualquer comum mortal. Mas há aqueles que ousam inovar e têm passatempos, digamos, menos comuns. É o caso de Daniel Agger, do Liverpool, que é um artista das tatuagens. Ao contrário do que é habitual em vários futebolistas, Agger prefere fazê-las nos outros do que no próprio corpo.
E depois há aqueles passatempos que parecem não assentar bem com a pessoa em questão. Sabiam que o guarda-redes do Arsenal, Almunia, tem como principal interesse vasculhar na internet acerca da II Guerra Mundial? A mania veio-lhe depois de assistir ao filme «O resgate do Soldado Ryan» e pegou de estaca.
Mas, na mesma equipa, há um russo, de nome Asharvin, que não lhe fica atrás na escolha do «hobbie» favorito. O médio tem uma queda por moda feminina e chegou mesmo a estudar o tema na Universidade de S. Petersburgo.
E, para terminar, alguém sabia que Eric Cantona é um poeta? Exactamente, tem fama de Durão, mas quando se senta a escrever mostra um lado que muitos não conhecem. Como neste exemplo:
Um artista, aos meus olhos, é alguém que consegue iluminar um espaço escuro. Nunca descobri nem descobrirei a diferença entre o passe de Pelé para Carlos Alberto, na final do Mundial de 70, e a poesia do jovem Rimbaud.
E o leitor, conhece algum outro exemplo sobre o tema que não foi apresentado? Deixe a sua opinião na caixa de comentários.