Segundo o secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, «a taxa de cobertura efectiva [o que representa o valor final da pensão] não é de 60% mas de 70% e, em muitos casos, superior a 80%».
Números que contrariam o relatório da OCDE que revela que os portugueses vão ter das reformas mais baixas, entre os 30 países mais desenvolvidos do mundo, dentro de 20 anos.
Assim, de acordo com a OCDE, em 2030, as pensões portuguesas vão corresponder a pouco mais de metade do último salário recebido contra uma média de 90% que podiam contar antes da reforma da Segurança Social. Ora, este valor deverá baixar para os 54%, o que colocará Portugal com o sexto valor mais baixo em termos de reformas entre os 30 países mais desenvolvidos do mundo.
O secretário de Estado, Pedro Marques, em jeito de resposta diz que «nada vai afectar o valor das pensões» e recorda que Portugal é dos poucos países «em que se pode trabalhar mais depois de alcançada a idade da reforma» para que o valor da pensão seja superior.
O representante do Governo lembra ainda que a OCDE tem elogiado a reforma feita por este Executivo, com vista a garantir a sustentabilidade da Segurança Social, e deixa uma chamada de atenção: «os portugueses podem recorrer aos certificados de reforma e as protecções disponibilizadas pelos PPR privados, para reforçar o valor da pensão», adianta.
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