O ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, desvalorizou esta segunda-feira à tarde os dados do Eurostat, segundo os quais Portugal registou uma queda no Investimento Directo Estrangeiro (IDE) para menos de metade, contrariando a tendência do conjunto da União Europeia.
Para Manuel Pinho, a principal componente do IDE é o investimento «de raíz» e no que a este se refere, «todos os indicadores mostram que aumentou e bem», disse, à margem da sessão de entrega de prémios do Projecto Pense Industria.
O ministro acrescentou, ainda, que «o investimento estrangeiro que é preciso para o nosso País» está a crescer. E exemplificou, dizendo que a venda de uma rede de supermercados estrangeira a uma nacional, conta como um investimento estrangeiro negativo.
«Felizmente os estrangeiros vêm-nos como um país cada vez mais competitivo», considerou, embora admitindo que «isto trata-se de um processo, por isso, vamos ter de subir degrau a degrau todo este caminho».
Apesar de assumir as dificuldades, adiantou que acredita, pelos dados que tem, «que vamos conseguir bons resultados a este nível».
Impostos são para aliviar
Em resposta ao repto lançado pelo Presidente da República, Cavaco Silva, para quem alguma coisa poderia ser feita a nível fiscal, para estimular a atracção de IDE, Manuel Pinho admitiu também que «há sempre algo que pode ser feito, seguramente, (no âmbito da competitividade fiscal), e é isso que está a acontecer paulatinamente».
«Ninguém de bom senso quer voltar àquela situação de autêntico disparate em que vivíamos no que respeita às finanças públicas. Agora as finanças públicas foram postas em ordem e o caminho é continuar a reduzir o défice e, na medida do possível, ir aliviando os impostos», prometeu.
De acordo com o ministro da Economia e Inovação, no conjunto da indústria, em menos de três anos, quase duplicámos as exportações. «E o caminho é este: explorar os produtos em que temos maior vantagem e exportar para o mercado global», concluiu.
Pinho
19 mai 2008, 17:40
Ministro diz que investimento de raiz em Portugal não pára de crescer
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