O líder nacional da JSD, Duarte Marques, desafiou este sábado, nos Açores, o antigo ministro socialista Mariano Gago a pronunciar-se sobre a lei das equivalências que criou, reafirmando «total confiança» no ministro Miguel Relvas.

«Lanço o desafio de perguntarem também ao antigo ministro Mariano Gago, que foi responsável pela criação dessa lei, o que entende sobre a mesma», afirmou Duarte Marques à Lusa, à margem da Cimeira da Juventude, organizada pelo PSD/Açores em Ponta Delgada.

O caso da licenciatura de Miguel Relvas começou gerar polémica há cerca de duas semanas por causa do número de equivalências que obteve na Universidade Lusófona.

De acordo com o processo do aluno que a Lusófona disponibilizou para consulta foram atribuídos 160 créditos a Miguel Relvas no ano letivo 2006/07, pelo que apenas teve de fazer quatro das 36 cadeiras no curso de Ciência Política e Relações Internacionais.

Duarte Marques assegurou que Miguel Relvas «sempre chamou a atenção dos militantes da JSD para estudarem e não cometerem o mesmo erro que ele», alegando que o ministro «nunca escondeu o curso que tirou e a maneira como o fez».

«O que é importante neste caso é o desempenho dele no cargo que ocupa e a sua competência», sustentou, alegando que "não se pode permitir que este caso se torne igual ao do Engenheiro José Sócrates».

Segundo disse, esta lei portuguesa das equivalências foi transposta de uma diretiva comunitária e «muitas vezes no nosso país vamos mais longe do que dita o espírito comunitário».

«Não devemos ceder à tentação de alterar a lei mediante casos mediáticos, agora é óbvio que terá de haver maior controlo como as universidades utilizam esta lei», referiu o dirigente nacional da JSD, acrescentando que a investigação do caso "deve apurar o que aconteceu e se houve ou não algum benefício especial».