O presidente do PSD disse este sábado que nunca em Democracia os direitos e liberdades foram tão atacados, acusando o Governo socialista de impor a «lógica do medo», dando o exemplo da identificação de professores numa manifestação no Porto, noticia a Lusa.

Admitindo que os agentes no terreno estejam a ser «mais papistas que o Papa», Luís Filipe Menezes atribuiu a responsabilidade por este clima de intimidação ao primeiro-ministro, José Sócrates.



Menezes acusa Sócrates de «enorme descaramento»

Professores saem à rua. E são identificados pela polícia

Menezes iniciou mesmo o seu discurso num jantar que reuniu cerca de 300 pessoas, na Chamusca, dizendo que tinha o telemóvel a tocar. «Deve ser o engenheiro Sócrates preocupado, a querer saber se há comunistas aqui na sala a protestar», ironizou.

«O país não está bem na economia, nos direitos sociais, na educação, na saúde, na segurança, mas primeiro que tudo há que assegurar a saúde da nossa Democracia, os nossos direitos e liberdade», disse, afirmando que nunca como hoje encontrou tantas vezes a palavra «medo».

«Isto só antes do 25 de Abril», disse Menezes, responsabilizando Sócrates por este clima, ao atribuir as manifestações que há pelo país aos comunistas, ou afirmar que decorrem sem autorização, ou ainda ao «pactuar» com inquéritos disciplinares a professores e médicos que manifestam a sua discordância com as políticas do Governo.

«Ao entrar para aqui falava com o deputado Miguel Relvas no sentido de chamar ao Parlamento o ministro da Administração Interna e o Director da PSP para explicarem (situações como a do Porto), mas chegámos à conclusão que não vale a pena. O que vale a pena é mandar embora este Governo», afirmou o presidente do PSD.