«É evidente que gostaria que o PSD estivesse à frente nas sondagens mas isso não seria compatível com aquilo que merecemos. Nós ainda não merecemos estar claramente à frente do PS nas sondagens. Estamos a fazer o nosso trabalho. Mas ainda temos que fazer por merecer», afirmou o líder do PSD.
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Na entrevista, o líder social-democrata lamenta que as críticas internas de que tem sido alvo estas não sejam feitas de forma «mais frontal, mais assumida, mais objectiva», mas retira o seu desafio de directas antecipadas, que tinha lançado em Fevereiro.
«Este meu partido não está em saldo. Tiveram essa oportunidade», disse, num 'recado' aos críticos.
Espanha como referência
Ao Jornal de Notícias, Luís Filipe Menezes anunciou uma nova meta para o crescimento económico do país que, se for Governo, terá como referência a Espanha e não a União Europeia.
«O objectivo de Portugal será, em quatro anos, estar a subir um ponto percentual acima da economia espanhola (...) A ambição é crescer mais do que a Espanha, não é aproximarmos-nos da média da União Europeia que não é uma boa referência neste momento», refere.
O líder do PSD antecipou ainda alguns nomes que poderão vir a disputar as eleições autárquicas de 2009, como o líder da distrital de Lisboa, Carlos Carreiras, na capital, Marco António Costa, em Gaia, e até Rui Rio, no Porto.
«Se quiser continuar, não existe qualquer razão para não ser o candidato apoiado pelo partido», afirmou Menezes, defendendo que a regra será o PSD concorrer sozinho nas legislativas e «na maioria das autarquias» mas garantindo que não irá obstaculizar coligações que partam das estruturas locais.
Valentim e Isaltino «andam a apoiar» Sócrates
Quanto a um possível regresso ao PSD de Valentim Loureiro ou Isaltino Morais, Menezes foi claro: «Tenho algumas dúvidas que voltem ao partido personalidades que, neste momento preciso, andam a apoiar José Sócrates e o PS».
Ao JN, Menezes reafirma que irá quebrar o acordo com o PS na lei eleitoral autárquica, caso os socialistas não recuem na possibilidade de os presidentes de Junta de Freguesia votarem os orçamentos municipais.
«Se o PS não aceita é porque não queria reforma do sistema eleitoral (...) Entre presidentes de Junta de todo o país unidos numa pretensão justa e o PS, estarei sempre do lado dos primeiros», garantiu.
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