O PCP acusou esta terça-feira o Governo de ser «teimoso, cego e surdo» às reivindicações «justas» dos professores e admitiu que a demissão da ministra da Educação «seria inútil» prevendo que José Sócrates manteria a «mesma política», noticia a agência Lusa.
«Poderíamos aplaudir a saída da ministra [da Educação], mas seria um acto inútil» se não se modificassem «as políticas do Governo», afirmou o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, durante uma visita à Voz do Operário, em Lisboa.
Ministra deve milhões a professores
Educação: Ministério cumprirá decisões do tribunal
O líder comunista critica a ministra Maria de Lurdes Rodrigues e a sua «visão economicista» no ensino, que acusa de ter conseguido essa «coisa espantosa» de «agredir, com uma agressividade inaceitável, a comunidade da educação com medidas avulsas como a avaliação dos professores».
A proposta governamental de avaliação dos professores, que tem estado na origem dos protestos dos docentes e na marcha de protesto de dia 6 de Março, «é um convite para os professores passarem os alunos de ano para ano para continuarem a ter boas notas», considerou.
Horas depois de ter sido conhecida a notícia de que um tribunal obrigara ao pagamento das aulas de substituição, Jerónimo de Sousa afirmou que o Governo está obrigado «ao cumprimento das decisões dos tribunais».
«Este é um governo teimoso, cego e surdo às reivindicações justas e legais dos professores. Neste momento, só tem uma solução que é reconhecer as decisões dos tribunais», afirmou.
«Pena não ter sido o Governo a decidir», acrescentou.
O secretário-geral dos comunistas espera que a marcha convocada pelos professores seja «uma grande acção de protesto».
Política
26 fev 2008, 13:37
Educação: PCP acusa Governo de cegueira e surdez
Jerónimo de Sousa admite que demissão da ministra da Educação «seria inútil»
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