O líder do Bloco de Esquerda disse esta quarta-feira que a situação do ministro Relvas se tornou «insustentável». Francisco Louçã alega que «o apodrecimento da vida pública está a prejudicar o país e a degradar a democracia».

«É evidente que o Governo não tem condições para manter esta podridão desta política, destas confusões de pessoas, desta falta de sentido de orientação e desta falta de responsabilidade», frisou, à margem de uma visita ao campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores, na ilha Terceira.

Francisco Louçã afirmou que «cada ministro tem que assumir a sua responsabilidade», acrescentando que Miguel Relvas deve «saber tirar todas as consequências que o país já percebeu há muito tempo», escreve a Lusa.

Sobre a postura do Governo em relação ao caso do ministro Relvas, o líder do BE disse que a situação «é absolutamente lamentável e já devia ter sido terminada há muito tempo», salientando que o executivo «está fechado no armário, não quer conhecer, não quer saber, não quer responder e não se quer justificar».

O caso da licenciatura de Miguel Relvas começou a dar polémica há cerca de duas semanas por causa do número de equivalências que obteve na Universidade Lusófona.

De acordo com o processo do aluno que a Lusófona disponibilizou para consulta, foram atribuídos 160 créditos ao aluno Miguel Relvas no ano letivo 2006/2007. Com as equivalências atribuídas pela Universidade, Relvas apenas teve de fazer quatro disciplinas semestrais.